No mundo contemporâneo, a escolha entre trabalhar com carteira assinada ou se lançar no empreendedorismo é um dilema enfrentado por muitos. Muitos veem o emprego formal como uma garantia de direitos trabalhistas, enquanto o próprio negócio é visto como um mar de incertezas. No entanto, empreendedores astutos demonstram que é perfeitamente viável assegurar benefícios similares aos da CLT, como férias remuneradas e 13º salário, por meio de uma gestão financeira estratégica.
Um exemplo claro vem do setor de transporte por aplicativo e entrega, onde trabalhadores independentes, como motoristas de Uber e entregadores de iFood, podem, com planejamento, garantir não apenas esses direitos, mas também contribuições ao FGTS e ao INSS, e até mesmo o seguro desemprego. Este método desafia a crença comum de que apenas trabalhadores com carteira assinada têm acesso a tais benefícios.
O segredo? Uma disciplina financeira que envolve a separação diária de um valor específico ao longo do ano. Para garantir um mês de férias, por exemplo, basta economizar R$5,70 por dia. Da mesma forma, uma contribuição diária de R$3,92 assegura o 13º salário, enquanto R$5,27 cobre o FGTS e a multa rescisória, e R$5,18 destina-se ao INSS. Ao total, separar aproximadamente R$20,70 por dia garante estes direitos básicos, enquanto uma adição de R$15,69 diários prepara o terreno para o seguro desemprego após um ano.
Este modelo de auto-gestão dos direitos trabalhistas representa uma revolução para o empreendedorismo, desmistificando a ideia de que apenas empregos formais podem proporcionar segurança. Mais do que isso, reflete a capacidade de adaptação e a visão estratégica necessárias para o sucesso no cenário econômico atual.
Empreendedores de diversos setores, especialmente aqueles iniciando suas jornadas, encontram nesta abordagem uma fonte de inspiração e um guia prático para o equilíbrio entre liberdade profissional e segurança financeira.
Naiane Santana
