Uso do Smartphone na Infância Gera Consequências na Saúde Mental na Vida Adulta, diz pesquisa

Este artigo explora o impacto do uso de smartphones na infância sobre a saúde mental na idade adulta, apresentando resultados de um estudo global conduzido pelo Sapien Labs

No site O Petróleo, buscamos sempre trazer informações relevantes e atualizadas para os nossos leitores. E um assunto que tem ganhado bastante atenção é o impacto da tecnologia na saúde mental. Em particular, pesquisadores estão agora avaliando como a posse do primeiro smartphone na infância pode afetar a saúde mental na idade adulta.

A Escolha dos Pais: Quando é o Momento Certo para o Primeiro Smartphone?

A questão preocupa muitos pais: quando é o momento adequado para dar o primeiro smartphone a um filho? Dados da Juniors City na França indicam que 55% das crianças entre 7 e 14 anos possuem seu próprio smartphone. No entanto, a Missão Interministerial de Combate às Drogas e Comportamentos Aditivos (MILDECA) aponta que o tempo de exposição a telas pode interferir em aprendizagens cruciais para o desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças e adolescentes.

Uso do Smartphone na Infância Gera Consequências na Saúde Mental na Vida Adulta, diz pesquisa
Uso do Smartphone na Infância Gera Consequências na Saúde Mental na Vida Adulta, diz pesquisa

Smartphones na Infância e Saúde Mental na Adultez: O que dizem os Estudos?

O interesse por entender as possíveis consequências da posse de smartphones na infância para a saúde mental na idade adulta motivou os pesquisadores do Sapien Labs a conduzirem um estudo global. Os resultados demonstram que quanto mais cedo uma criança recebe um smartphone, maior é a probabilidade de ela apresentar problemas de saúde mental na fase adulta.

Criar Laços Sociais é Mais Fácil para Quem Recebe o Telefone mais Tarde

Os pesquisadores, ao analisarem a saúde mental de 27.969 jovens adultos entre 18 e 24 anos, concluíram que o bem-estar mental está diretamente relacionado à idade em que receberam seu primeiro dispositivo digital. Os dados sugerem que quanto mais tarde uma criança obtém seu primeiro smartphone ou tablet, maior é sua autoconfiança e habilidade para criar laços sociais. Em contrapartida, aqueles que adquiriram um smartphone na infância são mais propensos a ter problemas de saúde mental, incluindo pensamentos suicidas, sentimentos de agressividade e desconexão da realidade.

Mulheres Apresentam Maior Propensão a Efeitos Negativos de Smartphones

O estudo também revelou que esse impacto é especialmente acentuado em mulheres. Entre elas, 74% das que possuíam um smartphone aos 6 anos apresentavam maior risco de desenvolver transtornos mentais na adultez, comparadas a 46% daquelas que receberam o aparelho aos 18 anos. Entre os homens, esses valores foram de 42% aos 6 anos para 36% aos 18 anos.

De acordo com os pesquisadores, ter um smartphone na infância pode distrair do desenvolvimento no mundo real, favorecendo uma identidade virtual. Socializar é um processo complexo que envolve a interpretação de várias nuances de expressões faciais, linguagem corporal, tom de voz, toque e até sinais olfativos.

Smartphones Podem Impedir o Aprendizado da Socialização

O aprendizado dessas habilidades sociais pode ser prejudicado pelo tempo médio gasto em telas, que os pesquisadores estimam ser entre 5 e 8 horas por dia, ou entre 1.000 e 2.000 horas por ano. O ambiente virtual, apesar de proporcionar algumas interações sociais, não substitui as conexões humanas autênticas e importantes.

Em declaração à imprensa, a cientista-chefe do estudo, Tara Thiagarajan, disse: “Esses resultados sugerem que há melhorias de longo prazo no bem-estar mental para cada ano de atraso na obtenção de um smartphone durante a infância”.


André Carvalho

André Carvalho é jornalista especializado em estilo de vida e bem-estar. Seus artigos cobrem horóscopo, beleza, personalidade, casa e jardim, relacionamento, dicas de casa, receita, plantas e ervas, moda e look e muito mais | Contato: [email protected]

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