Não é fácil encarar o espelho da alma e admitir que o desmoronamento de um relacionamento amoroso teve, em larga escala, nossa própria assinatura. A aceitação dos erros pode ser um bálsamo para as feridas ainda abertas daquela conexão perdida. A especialista Lola Breton nos guia por um caminho de introspecção e cura.
A Verdade por Vezes Inconveniente
Admita – esta pode ser a parte mais difícil. Reconhecer sua parcela de culpa na dissolução do vínculo amoroso é um passo crucial. Evite se pintar como a vítima perante amigos e familiares; a honestidade é seu maior aliado nesse momento. Claro, ninguém é perfeito, e cada um dentro da relação terá seus defeitos e erros para contabilizar, mas diminuir o outro para elevar-se é uma estratégia que apenas prolongará o sofrimento e a confusão emocional.
A Importância da Sinceridade
Caso o término tenha sido provocado por uma falha grave da sua parte, como uma infidelidade, é essencial não encobrir a verdade. Ser transparente com quem você respeitou e amou é a atitude mais honrosa, exceto se a pessoa preferir não conhecer os detalhes. Essa franqueza permite que ambos enxerguem o panorama completo e definam como proceder daqui para frente.
A Relatividade do Controle
Lembre-se de que, após o término, a dinâmica de controle muda completamente. A outra parte pode não desejar manter uma amizade, e é preciso respeitar essa decisão. Da mesma forma, é possível que alguns amigos em comum se afastem. Caso estes amigos se alinhem mais à outra pessoa, é necessário aceitar essa escolha sem imposições.
Perdão Como Chave para o Avanço
O processo de cura não exige que você carregue um silêncio sofrido. Você também merece recuperar-se da dor, independente de ter sido o catalisador do fim. Converse com amigos, debata o ocorrido e reconheça suas falhas. Isso não apenas é terapêutico, mas também o fortalecerá para futuras relações e desafios de vida.
encarar de frente as consequências de nossas ações e escolher o caminho da autenticidade e da autoanálise pode não apenas trazer claridade para os envolvidos, mas também preparar o terreno para um futuro emocional mais saudável e maduro.
Adriana Carvalho
