As exportações de etanol do Brasil caíram em janeiro em relação ao ano anterior, diante do encerramento da arbitragem para os Estados Unidos, o que prejudicou a competitividade do biocombustível do país.
As exportações de etanol atingiram 107.601m³ no mês passado, queda de quase 44pc em relação a janeiro de 2021, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia.
Os volumes foram 46pc menores do que em dezembro, quando o Brasil exportou aproximadamente 200.000m³. As exportações tendem a cair durante o primeiro trimestre do ano, em meio à diminuição da oferta causada pelo fim da moagem de cana-de-açúcar na região Nordeste e início do período de entressafra.
No ano passado, a produção de etanol também foi afetada por geadas e pela pior seca em quase um século, causando escassez da cana-de-açúcar disponível para processamento.
A Coreia do Sul recebeu 52pc dos volumes exportados em janeiro, seguida pela Holanda, com 23,8pc, e pelos EUA, com 18,4pc.
A Coreia do Sul se tornou o maior mercado de exportação do Brasil no ano passado, impulsionada pelo aumento da demanda por etanol para produção de produtos como higienizadores de mãos. Os EUA, que anteriormente ocupavam a primeira posição, continuam sendo um dos principais destinos do etanol brasileiro, mas sua participação de mercado caiu significativamente desde o início da pandemia em 2020.
As importações de etanol também foram menores em janeiro. Os volumes caíram 70pc, para 22.694 m³ no mês passado, ante 77.648m³ um ano antes.
O Paraguai foi o principal fornecedor, representando 66pc das entregas, enquanto os EUA entregaram 33pc do total de importações.
