Ter um jardim em casa, proporcionando um ambiente onde os pets podem circular livremente e desfrutar da natureza, é um verdadeiro privilégio. Mesmo em ambientes internos, a presença de cães e gatos não deve ser um impedimento para cultivar plantas em vasos, floreiras e jardineiras. No entanto, é importante estar ciente de que muitas espécies queridas podem ser tóxicas para os animais. Neste guia, preparado pelo ” O Petróleo”, mostraremos quais plantas são tóxicas para os animais de estimação, e quais cuidados devemos tomar.
A intoxicação geralmente ocorre quando os animais de estimação ingerem folhas, flores ou caules das plantas em questão. Os tutores precisam estar sempre atentos, pois os pets, por curiosidade, especialmente os filhotes, ou por tédio, podem acabar mordiscando e comendo partes de um arranjo. Nem sempre os sintomas são imediatos; é possível que o cachorro ou gato manifeste sinais nas horas ou, às vezes, nos dias seguintes. Entre os sintomas mais comuns estão vômito, diarreia e náuseas, podendo ocorrer também alterações neurológicas, convulsões e até a morte.
O que fazer se o pet ingerir uma planta tóxica? A veterinária Thais orienta que o primeiro passo é limpar a boca do animal com água corrente, sem exageros para não forçar a deglutição dos resíduos ou afogá-lo. Imediatamente, procure um médico veterinário e, se possível, leve uma amostra da planta ingerida.
Para identificar se uma planta é tóxica, a recomendação é quebrar um pequeno galho e analisar se sai um suco leitoso da planta. Nesse caso, é importante ter ainda mais cuidado, pois ela pode representar um grande risco para animais e crianças. No entanto, é essencial ficar atento, pois algumas espécies podem causar malefícios aos animais de estimação sem apresentar esse indicativo.
Algumas plantas tóxicas para cães e gatos incluem:
Azaleia:
Sua belíssima floração esconde riscos como vômitos, diarreia, convulsões, arritmia cardíaca, cegueira e até coma.
Babosa:
O gel da babosa, embora benéfico para a pele e cabelo, pode causar vômito, desânimo, diarreia, tremores e alteração na cor da urina nos pets.
Comigo-Ninguém-Pode:
Além de irritar os olhos, seu contato pode gerar lacrimejamento, edema e fotofobia; a ingestão leva a cólicas abdominais, náuseas, vômitos, inchaço nos lábios e língua.
Costela-de-Adão:
Suas folhas, quando ingeridas, podem causar irritação, coceira, dormência na língua e vômitos nos animais.
Dama-da-Noite:
Apesar de perfumada, pode causar náuseas, vômitos, boca seca, falta de coordenação motora, pupilas dilatadas, visão alterada e até convulsões nos pets, com sintomas durando dias.
Jiboia:
Comum em apartamentos, sua toxicidade pode causar intoxicação no sistema cardiovascular dos animais.
Hortênsia:
O cianeto de hidrogênio presente nessa planta pode levar a boca arroxeada, dificuldade respiratória, vômito, dor abdominal, diarreia e convulsões nos pets.
Lírio:
Pode causar alterações nas funções renal e neurológica, irritação nos olhos e mucosas, dificuldade de engolir e graves problemas respiratórios.
Espada-de-São-Jorge:
Tóxica devido à presença de glicosídeos e saponinas, que podem dificultar a movimentação e a respiração dos animais.
Samambaias:
Praticamente todas as espécies são tóxicas, causando alterações na produção de glóbulos vermelhos e sintomas como sangramentos, pontinhos vermelhos nas mucosas da boca e sangue na urina, podendo levar a uma grave anemia.
Violeta:
Ingerida, pode causar náuseas, vômitos, gastrite severa, queda na pressão e dificuldade para respirar nos pets, especialmente nos caules e nas sementes.
Portanto, ao criar um ambiente verde em casa, é fundamental conhecer e tomar precauções em relação às plantas escolhidas, garantindo um espaço seguro e saudável para seus animais de estimação.
André Carvalho
