Casal: eis a surpreendente consequência dos diplomas sobre a vida a dois

O artigo investiga o interessante fenômeno do "efeito diploma" nos relacionamentos modernos, destacando como o nível de educação pode afetar as decisões de coabitação entre casais.

A Renovação dos Modelos de Relacionamento.

Os moldes tradicionais de relacionamento passaram por uma transformação intensa nos últimos anos. Com a diversidade de arranjos de convivência – desde viver juntos, mas em quartos separados, até compartilhar a mesma cama, mas com dois edredons separados – uma tendência notável tem se destacado nas estatísticas: a relação entre nível de educação e coabitação.

Casal: eis a surpreendente consequência dos diplomas sobre a vida a dois

Diploma e Coabitação: Uma Conexão Inesperada

Ao contrário do que se poderia supor, a coabitação tradicional entre dois parceiros amorosos não está em declínio, mas tem sido mais prevalente entre as classes altamente educadas da população. De acordo com um estudo do INSEE, a proporção de indivíduos altamente educados que optam pela coabitação é significativamente maior. As estatísticas revelam que a coabitação é mais comum entre indivíduos com diploma de nível superior (Bac +2 ou superior), sendo 70,9% dos homens e entre 74,1-75,1% das mulheres. Esta tendência aumenta ainda mais com o nível de educação.

“Efeito Diploma” entre as Mulheres: Uma Reversão Notável

Este “efeito diploma” é ainda mais acentuado entre as mulheres. O cenário atual indica que, quanto mais diplomas uma mulher possui, maior a probabilidade de coabitação. Entretanto, isso não foi sempre assim. Em 2019, mulheres e homens com diploma superior a Bac +2 estavam menos propensas à coabitação em comparação às sem diploma. Mas hoje, a tendência inverteu-se radicalmente, com as mulheres mais qualificadas sendo mais propensas à coabitação.

Explicando o Fenômeno

Então, como isso pode ser explicado? De acordo com Sylvie Le Minez, chefe da unidade de estudos demográficos e sociais do INSEE, o aumento global no número de diplomados pode explicar este aumento da coabitação entre os altamente qualificados. Uma vez que muitos casais se formam nos bancos da escola ou no ambiente de trabalho, quanto mais indivíduos com alta qualificação, maior a probabilidade de coabitação.

Este estudo apresenta uma perspectiva fascinante sobre o impacto da educação nos padrões de coabitação, indicando que as tendências sociodemográficas têm um papel substancial a desempenhar na forma como os casais modernos escolhem viver juntos.


Fabiane Melo

Fabiane Melo, jornalista com foco em relacionamentos e personalidade. Escreve sobre desenvolvimento de relações, autoconhecimento e inteligência emocional. Com suas palavras, Fabiane guia leitores em sua jornada de autodescoberta e conexão interpessoal. Contato: [email protected]

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