A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (13) o projeto de lei combustíveis do futuro, que prevê um aumento gradual da mistura de biodiesel ao diesel vendido aos consumidores, de 14% para 20% a partir de março de 2030. A medida visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e impulsionar a indústria brasileira de biocombustíveis.
A proposta foi aprovado por ampla maioria, com 429 votos a favor e 19 contra. A maior parte da oposição veio de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Todos os três membros do partido libertário Novo também votaram contra.
O programa também exige que as companhias aéreas reduzam as emissões de gases de efeito estufa a partir de 2027, mas não estabelece metas percentuais para o uso de Combustível de Aviação Sustentável (SAF). Em vez disso, exige que as companhias aéreas reduzam as suas emissões em 10% até 2037.
Impacto na indústria:
Se o projeto também for aprovado no Senado, poderá ser um grande impulso para a indústria brasileira de etanol. O país já é um dos maiores produtores mundiais de etanol e o aumento da taxa de mistura criaria ainda mais procura.
A indústria do etanol e dos biocombustíveis tem sido alvo de intenso lobby e pressão política. Em novembro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou resolução permitindo a utilização de biodiesel importado na mistura obrigatória com diesel fóssil; no mês seguinte, o governo recuou sob pressão da associação brasileira da indústria de óleos vegetais e suspendeu as importações.
O futuro dos combustíveis:
O programa combustíveis do futuro é um passo importante na transição do Brasil para uma matriz energética mais limpa e sustentável. A medida deve impulsionar a produção e o uso de biocombustíveis, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir para a descarbonização da economia brasileira.
A aprovação do combustíveis do futuro na Câmara dos Deputados é um sinal positivo para o futuro dos combustíveis no Brasil. A medida representa um compromisso do país com a sustentabilidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A indústria de biocombustíveis está em constante evolução e o projeto combustíveis do futuro contribui para fortalecer esse setor estratégico para a economia brasileira. A medida também deve beneficiar os consumidores, que podem ter acesso a combustíveis mais limpos e a preços mais competitivos.
Próximos passos:
O programa combustíveis do futuro agora segue para o Senado Federal, onde será analisado pelas comissões competentes e pelo plenário. A expectativa é que o projeto seja aprovado também no Senado, mas ainda há resistências de alguns setores.
A aprovação final do projeto representará um marco importante na política energética do Brasil e abrirá caminho para um futuro mais sustentável para o país.