A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior. Apesar do desempenho positivo, as ações recuaram mais de 5% no pregão seguinte à divulgação, refletindo insatisfação dos investidores com a geração de caixa e os proventos anunciados.

Produção compensa queda do petróleo

O preço médio do Brent caiu de US$ 75,66 no 1T25 para US$ 67,82 no 2T25, impactando a receita. A queda foi parcialmente compensada pelo aumento de 5% na produção total e pela expansão no pré-sal, elevando o EBITDA ajustado para R$ 52,3 bilhões, alta de 5,1% em relação ao trimestre anterior.

Fluxo de caixa e investimentos preocupam

O fluxo de caixa operacional ficou em US$ 7,5 bilhões, abaixo das estimativas do mercado, que esperava entre US$ 8,2 e US$ 8,9 bilhões. O CAPEX atingiu US$ 4,4 bilhões, 9% acima do trimestre anterior, com 84% destinado à exploração e produção. O ritmo de investimentos sugere que a companhia poderá atingir próximo de sua meta anual de US$ 18,5 bilhões.

Dividendos menores que o esperado

A estatal aprovou o pagamento de R$ 0,6719 por ação em dividendos e juros sobre capital próprio, totalizando R$ 8,66 bilhões. O valor será pago em duas parcelas: novembro e dezembro. O yield projetado gira entre 2,0% e 2,1%, abaixo das expectativas de parte dos analistas, que previam valores próximos a US$ 2 bilhões.

Indicadores 2T25 x Expectativas

IndicadorRealizadoEstimativa
Lucro líquidoR$ 26,7 bi
EBITDA ajustadoR$ 52,3 bi
Fluxo de caixa operacionalUS$ 7,5 biUS$ 8,2–8,9 bi
CapexUS$ 4,4 biUS$ 3,8–3,9 bi
Dividendos totalR$ 8,66 biUS$ 2,0–2,2 bi

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Suzana Melo é economista formada pela PUC-SP e especialista em Finanças e Gestão Pública pela FGV. No O Petróleo, cobre temas como investimentos, petróleo e gás, macroeconomia e tributação sobre ativos financeiros. Suas análises unem rigor técnico e clareza, ajudando o leitor a compreender tendências e a tomar decisões seguras no mercado nacional e internacional.