O fundo imobiliário HGBS11, especializado em shopping centers, vive um momento de forte valorização após o recente desdobramento de cotas que reduziu o valor unitário de cerca de R$ 200 para aproximadamente R$ 20. A mudança, embora não altere o patrimônio do fundo, ampliou a liquidez e atratividade para pequenos investidores, aumentando a demanda pelas cotas e impulsionando o preço.
No entanto, apesar do desempenho positivo no mercado secundário, os analistas já apontam sinais de alerta para os investidores. O fundo vem distribuindo R$ 1,60 por cota, mas o resultado recorrente não tem sustentado esse patamar. Somente em março, o fundo gerou R$ 1,20 por cota, criando um “gap” de R$ 0,40 que vem sendo coberto por reservas acumuladas.
Efeitos da Páscoa impactaram os números do mês
Segundo o monitoramento mensal da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), o mês de março foi atípico para o setor, com desempenho de vendas comprometido pelo descasamento da Páscoa — celebrada em abril em 2025, diferente de março no ano anterior. Esse efeito distorceu a base de comparação, mas, mesmo assim, o fundo apresentou crescimento de 5% nas vendas do trimestre e manteve a vacância em níveis historicamente baixos, com apenas 4,8%.
Resultado recorrente preocupa
Até o momento, o fundo gerou R$ 86 milhões no ano, frente aos R$ 82 milhões distribuídos. A diferença de apenas R$ 4 milhões representa cerca de R$ 0,30 por cota, o que evidencia o limite das reservas. A depender do desempenho operacional e da realização de vendas de ativos no segundo semestre, os proventos podem ter que ser ajustados para refletir a realidade da geração de caixa.
Portfólio diversificado, dívida sob controle
O HGBS11 possui 20 ativos em carteira, com maioria de participações diretas e presença relevante em empreendimentos estratégicos. A alavancagem está sob controle, em cerca de 11% do patrimônio, mas algumas dívidas com taxas elevadas — como PCA+8,6% e CDI+8% — pesam no resultado. A expectativa é que, caso o fundo consiga realizar emissões ou alienações pontuais, possa reduzir essas obrigações e aliviar o fluxo de caixa.
Perspectivas para o segundo semestre
Embora os indicadores operacionais se mantenham sólidos, o desafio do HGBS11 será manter o equilíbrio entre rentabilidade e sustentabilidade dos dividendos. Sem vendas extraordinárias ou melhora relevante no resultado, é provável que os R$ 1,60 por cota não se sustentem até o fim de 2025. O investidor deve ficar atento à evolução dos números nos próximos relatórios mensais.
O fundo imobiliário HGBS11, especializado em shopping centers, vive um momento de forte valorização após o recente desdobramento de cotas que reduziu o valor unitário de cerca de R$ 200 para aproximadamente R$ 20. A mudança, embora não altere o patrimônio do fundo, ampliou a liquidez e atratividade para pequenos investidores, aumentando a demanda pelas cotas e impulsionando o preço.
No entanto, apesar do desempenho positivo no mercado secundário, os analistas já apontam sinais de alerta para os investidores. O fundo vem distribuindo R$ 1,60 por cota, mas o resultado recorrente não tem sustentado esse patamar. Somente em março, o fundo gerou R$ 1,20 por cota, criando um “gap” de R$ 0,40 que vem sendo coberto por reservas acumuladas.
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