Donald Trump e Vladimir Putin se encontraram nesta sexta-feira na base militar Joint Base Elmendorf-Richardson, em Anchorage, Alasca, para discutir uma possível trégua na guerra da Ucrânia. A recepção incluiu honras militares, aperto de mão e sobrevoo de aeronaves, marcando o tom solene do encontro.

Após a breve cerimônia, os líderes seguiram para uma reunião a portas fechadas que durou horas. O principal objetivo era avançar em um cessar-fogo imediato, mas, ao final, ambos fizeram apenas breves declarações e não responderam a perguntas da imprensa. Nenhum acordo foi anunciado.

Bastidores e simbolismo

A escolha do Alasca teve peso estratégico: é o ponto mais próximo da Rússia no território americano e possui forte presença militar. A base já havia sido visitada por Trump em seu primeiro mandato, o que facilitou a logística e a segurança do evento.

No protocolo inicial, chamou atenção o momento em que Trump e Putin conversaram sem intérpretes, possivelmente em inglês, antes da entrada das equipes oficiais. Durante a caminhada, ambos mantiveram um tom cordial, sorrindo e acenando para autoridades e militares presentes.

Participação das delegações

A delegação americana contou com autoridades de alto escalão, incluindo representantes de Defesa, Comércio e Tesouro, reforçando a importância do encontro. Do lado russo, o Kremlin manteve uma equipe enxuta nos primeiros momentos, ampliando a participação apenas nas rodadas finais.

A configuração indicou que a fase inicial seria mais política, com espaço para discussões francas, enquanto a segunda etapa teria foco técnico e de segurança.

O impasse sobre o cessar-fogo

Trump buscou apresentar um anúncio rápido de trégua como sinal de avanço concreto, mas Putin apresentou condições ligadas a questões territoriais e de segurança que inviabilizaram o consenso. Temas como retirada de tropas, reconhecimento de fronteiras e garantias de não expansão militar seguiram sem acordo.

O impasse reforça as dificuldades para construir um cessar-fogo duradouro em meio à guerra e à pressão internacional.

Próximos passos

As equipes técnicas dos dois países devem manter conversas nas próximas semanas para explorar alternativas, como pausas humanitárias, troca de prisioneiros e proteção de áreas civis. No campo diplomático, o encontro abriu espaço para novas negociações, mas também expôs o distanciamento entre as posições de Washington e Moscou.

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Suzana Melo é economista formada pela PUC-SP e especialista em Finanças e Gestão Pública pela FGV. No O Petróleo, cobre temas como investimentos, petróleo e gás, macroeconomia e tributação sobre ativos financeiros. Suas análises unem rigor técnico e clareza, ajudando o leitor a compreender tendências e a tomar decisões seguras no mercado nacional e internacional.