Os preços do petróleo estão em trajetória de alta nesta semana, influenciados pelas crescentes tensões geopolíticas, particularmente no Oriente Médio, onde a ofensiva de Israel no Líbano e as negociações de cessar-fogo têm mantido os mercados em alerta. Simultaneamente, ajustes na política de importação de petróleo da China também contribuem para as oscilações de preços.
Ao longo da semana, o cenário no Oriente Médio mostrou-se particularmente volátil, com Israel intensificando suas ações militares no Líbano e em Gaza, enquanto a comunidade internacional, liderada por França e Estados Unidos, apela por negociações para encerrar as hostilidades. Essa situação exacerbou a preocupação dos traders de petróleo, especialmente após os recentes ataques com mísseis balísticos iranianos contra Israel, que até o momento tem resistido à pressão dos EUA para não retaliar contra infraestruturas petrolíferas iranianas.
Analistas do ING, Warren Patterson e Ewa Manthey, destacaram a incerteza crescente que impede os especuladores de assumir posições muito vendidas no mercado, considerando a possibilidade de escalada nos conflitos. “O preço do petróleo bruto parece estar corretamente valorizado em torno dos US$ 70 por barril, enquanto aguardamos novos elementos que possam influenciar os preços”, indicou Tony Sycamore, analista da IG, em uma análise que reforça a expectativa de futuras variações condicionadas por desenvolvimentos tanto geopolíticos quanto econômicos.
Por outro lado, a China tem trazido algum alívio ao mercado com a notícia de aumento de 6% nas cotas de importação de petróleo para refinadores privados, um ajuste que não ocorria há quatro anos. Este movimento é visto como um sinal de fortalecimento da demanda interna, possivelmente estabilizando ou até elevando os preços globais do petróleo.
Rebecca Babin, do CIBC Private Wealth Group, oferece uma visão cautelosa, sugerindo que “na ausência de novos desenvolvimentos geopolíticos, o petróleo pode enfrentar uma trajetória de baixa”, ressaltando as preocupações persistentes com a demanda global e uma visão geral pessimista para 2025.
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