O Brasil manifestou sua oposição à inclusão da Venezuela no grupo BRICS durante a 16ª Cúpula realizada em Kazan, Rússia. O presidente Nicolás Maduro, convidado por Vladimir Putin, está presente com uma delegação venezuelana, mas enfrenta resistência significativa do governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-chanceler Celso Amorim, assessor de assuntos internacionais do governo, anunciou publicamente o veto brasileiro, argumentando que a adesão da Venezuela não se alinha com os interesses estratégicos do Brasil, especialmente após questionamentos sobre as eleições presidenciais venezuelanas.
Inicialmente favorável à expansão do BRICS para incluir a Venezuela, Lula mudou sua postura recentemente, alinhando-se mais de perto com os Estados Unidos e a União Europeia. Isso reflete uma tentativa de manter a estabilidade geopolítica regional sob a liderança brasileira, evitando contrapesos que poderiam surgir com uma Venezuela fortalecida dentro do bloco.
A decisão brasileira visa proteger seus laços econômicos com os membros do BRICS, como Rússia e China, sem comprometer suas relações com o Ocidente. Isso marca uma posição clara de priorizar interesses econômicos sobre considerações geopolíticas mais amplas, como a proposta de multipolaridade pela Venezuela.
O debate reflete um conflito mais amplo entre visões eurocêntricas e multipolares na política externa brasileira, com repercussões potenciais para as relações bilaterais com os Estados Unidos e para a dinâmica futura do BRICS como bloco econômico global.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário