O Banco do Brasil (BBAS3) volta a apresentar um cenário que remete a oportunidades destacadas por grandes investidores no passado. Negociadas recentemente a menos de 0,5 vezes o valor patrimonial, as ações do banco se aproximam dos patamares observados há dois anos, quando o experiente investidor Luiz Barsi apontou o ativo como uma de suas preferências no setor bancário.

O movimento coincide com uma semana relevante para o mercado: o anúncio de dividendos está previsto para amanhã (13) e a divulgação do balanço do segundo trimestre acontece no dia 14.

Filosofia de investimento: comprar qualidade no desconto

Barsi e outros investidores de longo prazo defendem que o mercado de ações, no Brasil, é mais um “mercado de oportunidades” do que de risco — justamente pela possibilidade de adquirir empresas sólidas, lucrativas e com histórico de pagamento de dividendos por valores bem abaixo do seu patrimônio líquido.

O investidor compara o raciocínio à compra de um produto de qualidade em liquidação: se você conhece e confia no item, prefere comprá-lo mais barato, aproveitando o desconto, em vez de pagar mais caro quando está em alta.

Indicadores reforçam atratividade

De acordo com a análise, o Banco do Brasil mantém uma base acionária estável, o que contribui para um dividendo por ação mais robusto em comparação a concorrentes que aumentaram significativamente o número de ações em circulação. Além disso, o retorno sobre patrimônio (ROE) já alcançou patamares de 17%, um dos mais altos do setor bancário.

Indicador (últimos dados)Banco do BrasilItaúBradescoSantander
Valor Patrimonial por Ação (R$)52,00*25,3020,1023,40
Preço Atual (R$)19,0030,5013,7028,40
P/VPA0,361,200,681,21
ROE (%)17161215
Dividend Yield (%)9,57,05,58,0

Especialistas alertam que o foco deve estar na análise de fundamentos e no horizonte de longo prazo, e não em oscilações diárias do mercado. Para investidores que buscam previsibilidade de dividendos e desconto frente ao valor patrimonial, o atual momento pode ser uma nova janela de entrada — semelhante àquela apontada por Barsi no passado.

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Suzana Melo é economista formada pela PUC-SP e especialista em Finanças e Gestão Pública pela FGV. No O Petróleo, cobre temas como investimentos, petróleo e gás, macroeconomia e tributação sobre ativos financeiros. Suas análises unem rigor técnico e clareza, ajudando o leitor a compreender tendências e a tomar decisões seguras no mercado nacional e internacional.