O segmento de fundos de renda urbana é conhecido por portfólios amplos e diversificação geográfica, mas com inquilinos concentrados. Neste comparativo, destacam-se dois dos principais representantes: TRXF11 e RBVA11. Abaixo, um resumo dos indicadores mais relevantes para avaliar qual deles pode ser mais interessante para o investidor.

Indicadores principais dos fundos

IndicadorTRXF11RBVA11
Ano de criação20192012
Patrimônio líquido (R$)2,0 bilhões1,6 bilhões
Número de imóveis7082
Número de inquilinos2317
Vacância física (%)0,25,0
Vacância financeira (%)0,42Não divulgado
Vencimento médio contratos (anos)14,56,2
Alavancagem (%)40,0813,73
Maior inquilino (%)Açaí (27,79)Cogna (24,7)
Diversificação geográfica12 estados9 estados
Cotistas185.11873.051
Desconto sobre VP (%)~1~18

Diversificação e contratos

O RBVA11 começou focado em agências da Caixa e evoluiu para um portfólio bem distribuído em nove estados e 17 inquilinos, ainda concentrado na Cogna e Caixa, com 49,3% somados. Seus contratos atípicos representam cerca de 56,7%, conferindo previsibilidade de receita, mas menor flexibilidade para capturar aumentos de aluguel.

Já o TRXF11, mais recente, nasceu voltado para varejo, com foco em supermercados e lojas. Tem contratos mais longos (14,5 anos em média), vacância quase nula e uma maior concentração no Açaí e Grupo Mateus (50,6% juntos).

Alavancagem e liquidez

O TRXF11 apresenta uma alavancagem consideravelmente alta (40,08%), enquanto o RBVA11 mantém um nível mais moderado (13,73%). Isso implica maior risco para o TRXF, mas também maior potencial de crescimento caso as receitas superem os custos financeiros.

Em termos de liquidez e número de cotistas, o TRXF também leva vantagem, com mais investidores e volume diário negociado superior.

Retorno recente: rendimento e valorização

No período entre julho de 2024 e julho de 2025, os rendimentos e a valorização das cotas foram calculados com base nos preços de mercado e anúncios de dividendos:

FundoRendimentos pagos (R$)Retorno sobre preço inicial (%)Valorização da cota (%)Retorno total bruto (%)
TRXF1113,3114,409,2723,67
RBVA111,12 (ajustado p/ desdobro)11,90-10,741,16

Ambos os fundos têm méritos: o RBVA11 oferece maior desconto em relação ao valor patrimonial e menor alavancagem, além de cotas mais acessíveis para reinvestimento. O TRXF11, por sua vez, apresenta contratos mais longos, vacância menor e melhor retorno recente.

Para investidores mais conservadores, o RBVA11 pode ser interessante pelo desconto e menor endividamento. Já para quem busca potencial de crescimento e está disposto a assumir maior risco, o TRXF11 parece mais atrativo.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.