O fundo imobiliário TRXF11 concluiu em julho de 2025 sua 11ª emissão de cotas, levantando um valor recorde de R$ 1,25 bilhão — 125% do volume inicialmente planejado. Com a operação, o patrimônio líquido do fundo saltou para R$ 3,2 bilhões, consolidando-o entre os cinco maiores fundos de tijolo do IFIX, segundo o relatório gerencial de junho.
A captação contou com a participação de mais de 23 mil investidores, majoritariamente pessoas físicas. Parte significativa da captação foi feita via troca de cotas — estratégia que permitiu ao fundo adquirir ativos relevantes sem comprometer totalmente a liquidez em caixa.
Aquisições reforçam portfólio em São Paulo e outras regiões
Pós-emissão, o TRXF11 já começou a investir os recursos. Entre junho e julho, o fundo concluiu a compra de 28 imóveis:
14 imóveis locados para Pão de Açúcar, Extra, Assaí e Delboni
13 lojas em São Paulo com contratos de renda urbana
1 loja Assaí em Caldas Novas (GO)
Estas aquisições totalizam R$ 543 milhões, sendo a maior parte paga em cotas. O portfólio do fundo agora soma 69 imóveis, distribuídos em 38 cidades, com presença significativa no estado de São Paulo — uma estratégia que visa concentração em regiões de maior liquidez e potencial de valorização.
Rendimento surpreende cotistas
Além da expansão patrimonial, o TRXF11 distribuiu R$ 1,51 por cota em julho — bem acima da projeção inicial de R$ 1,10 a R$ 1,20, superando as expectativas devido ao lucro maior no semestre. O fundo indicou que pretende manter os rendimentos em torno de R$ 0,90 a R$ 0,93 por cota até dezembro de 2025.
O gráfico a seguir resume os principais indicadores financeiros do TRXF11:
Indicador | Valor após 11ª emissão |
---|---|
Patrimônio líquido | R$ 3,2 bilhões |
Valor captado na emissão | R$ 1,25 bilhão |
Imóveis no portfólio | 69 |
Presença em cidades | 38 |
Rendimento distribuído em julho | R$ 1,51 por cota |
Rendimento projetado até dez/25 | R$ 0,90–0,93 por cota |
Alavancagem estimada | ~30% |
O fundo ainda dispõe de recursos para concluir outras etapas previstas no pipeline: mais imóveis em São Paulo e interior, além de um projeto logístico no Nordeste e o desenvolvimento do Hospital Albert Einstein em São Gonçalo. O gestor ressaltou que a alavancagem permanece sob controle, em torno de 30%, mesmo com as novas aquisições.
Apesar do aumento da exposição ao inquilino Assaí (até 29% da receita), o portfólio segue bem diversificado, com contratos de longo prazo — média de 15 anos — e cláusulas atípicas que garantem maior estabilidade.
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