À medida que o mercado cripto volta a dar sinais de retomada, com o Bitcoin acumulando alta de 61% em 2024 (dados de junho/2025), investidores buscam ativos que ainda ofereçam alta assimetria de retorno. Neste cenário, Solana (SOL) continua sendo destaque, mas especialistas apontam que o maior potencial de valorização pode estar em Avalanche (AVAX) — blockchain de contratos inteligentes que cresce silenciosamente, com parcerias estratégicas e valuation ainda modesto.

Solana: valorização já embutida no preço?

A Solana encerrou 2022 cotada a US$ 10 e chegou à máxima histórica recente de US$ 300 em março de 2024 — uma valorização de 2.900% em pouco mais de um ano. Hoje, a SOL opera próxima a US$ 150, o que ainda representa uma alta acumulada de 1.400% desde o fundo do bear market.

Segundo dados do DefiLlama, a blockchain Solana ocupa a segunda posição em valor travado (TVL) em DeFi, com aproximadamente US$ 7,63 bilhões, atrás apenas da Ethereum, que lidera com US$ 60 bilhões.

Outros dados relevantes:

  • Carteiras ativas em Solana: cerca de 4 milhões

  • Participação de mercado no DeFi: 7,6%

  • Volume diário médio: acima de US$ 1,2 bilhão

Apesar de seu protagonismo, analistas alertam: boa parte da valorização já foi entregue, tornando a entrada atual mais arriscada para investidores iniciantes.

Avalanche: fundamentos fortes, hype reduzido e grande assimetria

A Avalanche (AVAX) é uma blockchain de primeira camada voltada a contratos inteligentes, como Solana e Ethereum. Seu diferencial está na estrutura escalável, baixo custo de transação e parcerias estratégicas com instituições como JP Morgan Chase, FIFA, Amazon Web Services e Deloitte.

Atualmente:

  • Valor de mercado: US$ 8 bilhões

  • Preço atual: ~US$ 20

  • Máxima anterior: US$ 147 (nov/2021)

  • TVL (Total Value Locked): ~US$ 680 milhões

  • FDV (Valor Total Diluído): US$ 14 bilhões

  • Supply em circulação: 60% do total

Se o token AVAX voltar ao market cap da Solana (US$ 80 bilhões), o potencial de valorização seria superior a 900%. Se alcançar metade do market cap da Ethereum (hoje em US$ 400 bilhões), esse retorno ultrapassaria 2.000% — embora mais improvável no curto prazo.

Além disso, a Avalanche fechou em 2024 uma parceria exclusiva com a FIFA, sendo escolhida como blockchain oficial para o lançamento de uma rede de NFTs focada em esportes.

Apostas alternativas: o caso do token MENGO e a Chiliz (CHZ)

Com o crescimento da digitalização no esporte, a blockchain Chiliz (CHZ), que emite fan tokens por meio da plataforma Socios.com, se torna cada vez mais relevante. Entre os ativos, o token do Flamengo (MENGO) chama atenção.

Dados do token MENGO:

  • Valor de mercado: US$ 1,55 milhão

  • Supply circulante: 6,5 milhões (máximo de 30 milhões)

  • Máxima histórica: US$ 2,85

  • Preço atual (jun/25): US$ 0,07

Se o token retornar ao market cap de US$ 15 milhões, o ganho potencial seria de +900%. Embora o risco seja alto, o ativo está associado a um dos maiores clubes da América Latina, com base sólida de fãs e marketing digital ativo.

Importante: trata-se de um ativo altamente volátil e especulativo. Seu uso ideal é como aposta de pequeno percentual da carteira, com clara gestão de risco.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.