Selic mantida em 15% reacende corrida pela renda fixa — veja os melhores investimentos para 2026

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, encerrando o ano sem cortes e reforçando um cenário que favorece fortemente os investimentos em renda fixa. Em um ambiente marcado por incertezas fiscais, volatilidade nos mercados e dólar pressionado, os juros elevados recolocam aplicações conservadoras no centro das atenções.

Segundo o Boletim Focus, a expectativa para 2026 é de queda gradual da Selic para algo próximo de 12% ao ano, mas o próprio mercado reconhece a dificuldade em prever esse movimento. Enquanto isso, quem se beneficia diretamente da Selic elevada são os investidores que buscam segurança, previsibilidade e liquidez diária.

Bolsa em recorde, mas com sinais de alerta

O Ibovespa chegou a ultrapassar os 160 mil pontos, renovando máximas históricas. No entanto, os últimos pregões já indicam maior turbulência, antecipando o que pode ser um 2026 mais volátil para ativos de risco. Com isso, cresce a migração de parte do capital para a renda fixa, que hoje entrega retornos reais elevados, muitas vezes superiores a 8% acima da inflação.

Por que a renda fixa virou protagonista?

Com a Selic em 15%, até o Tesouro Selic, considerado o investimento mais seguro do país, passou a render mais de 1% ao mês líquido, já descontado o Imposto de Renda. E não para por aí: bancos médios e fintechs estão oferecendo CDBs com rentabilidade entre 120% e 130% do CDI, muitos deles com liquidez diária e proteção do FGC.

Em alguns casos, a rentabilidade anual se aproxima de 20% ao ano, algo raro para investimentos conservadores no Brasil.

Ranking: os melhores investimentos em renda fixa com Selic a 15%

A seguir, os destaques entre as melhores opções de renda fixa, organizadas por rentabilidade, liquidez e segurança:

Contas remuneradas (liquidez imediata)

• 99Pay – até 110% do CDI (com bônus que podem elevar o retorno, limitado a R$ 5 mil)

• RecargaPay – rendimento automático, isento de IOF, mas com IR fixo de 22,5%

• AstroPay – 115% do CDI, sem IOF, IR fixo

Atenção: contas de pagamento não têm FGC, mas seguem regras do Banco Central, com recursos alocados em títulos públicos.

CDBs com liquidez diária (FGC até R$ 250 mil)

• Sofisa Direto – até 105% do CDI, aplicação mínima de R$ 1

• Banco BMG – CDBs entre 107% e 109% do CDI

• Banco Pine – até 110% do CDI

• Banco Paulista – CDB progressivo chegando a 114% do CDI

Todos com índices de Basileia adequados, histórico de lucros e selo verde de saúde financeira.

Caixinhas e cofrinhos turbinados

Para quem cumpre os requisitos, essas opções entregam ganhos reais acima de 10% ao ano.

Quanto rende investir R$ 1.000 hoje?

Com Selic a 15% e inflação projetada em 4,5%:

• Rendimento bruto anual: ~16% a 18%

• Rendimento líquido: ~12% a 14%

• Ganho real: entre 8% e 11% ao ano

Ou seja, R$ 1.000 podem virar cerca de R$ 1.140 líquidos em 12 meses, algo impensável poucos anos atrás para investimentos conservadores.

O que observar antes de investir em 2026

Antes de aplicar, fique atento a três pontos essenciais:

1. Liquidez – se o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento

2. Tributação – IR regressivo x IR fixo x isenção

3. Segurança – FGC ou lastro em títulos públicos

Rentabilidades muito altas geralmente vêm com limites de valor (R$ 5 mil a R$ 10 mil). Para valores maiores, o ideal é diversificar entre diferentes instituições.

Selic alta é oportunidade, não problema

A manutenção da Selic em 15% transforma 2026 em um ano estratégico para quem busca rentabilidade elevada com baixo risco. A renda fixa voltou a ser protagonista e, bem escolhida, pode gerar ganhos consistentes enquanto o cenário econômico segue incerto.

Mesmo com possíveis cortes à frente, o patamar atual já garante retornos robustos para quem sabe onde investir.

Este conteúdo tem caráter informativo e não constitui recomendação de investimento. Avalie seu perfil e, se necessário, consulte um profissional certificado.