A Samsung não embarcou na moda das baterias de silício de carbono para seus smartphones ultrafinos e dobráveis lançados em 2025, mas não ficou parada. A gigante sul-coreana revelou um plano ambicioso para lançar, até 2027, baterias que podem dobrar a autonomia dos aparelhos, com mais segurança e menor tempo de recarga.
Enquanto marcas chinesas já apostam em silício de carbono para smartphones com até 6.000 mAh, a Samsung segue outro caminho: tecnologias mais robustas como baterias de estado sólido, células empilhadas e ânodo de silício-carbono em desenvolvimento avançado.
Por que a Samsung evitou as baterias de silício de carbono?
Os modelos como o Galaxy S25 ED e o dobrável Z Fold 7 Ultra, lançados em 2025, priorizaram design ultrafino — apenas 5,8 mm no caso do ED — e telas maiores, sacrificando horas de tela para manter a estética.
Embora as baterias de silício de carbono ofereçam cerca de 10% mais densidade energética, a Samsung evitou a adoção imediata por conta de custos elevados e problemas com a expansão e contração do silício, que afetam a durabilidade.
A aposta nas baterias de estado sólido
Para resolver os gargalos atuais, a Samsung SDI trabalha em baterias de estado sólido, já testadas com sucesso em veículos elétricos, atingindo densidade de energia de 500 Wh/kg, quase o dobro das atuais de íons de lítio.
Entre as vantagens:
Maior densidade energética: mais carga no mesmo espaço.
Segurança superior: sem líquido inflamável, menor risco de incêndio.
Carga rápida: testes mostram 48h de uso com 5 minutos de recarga.
Vida útil longa: até 20 anos em condições ideais.
Em automóveis, a Samsung já demonstrou baterias sólidas capazes de garantir 800 km de autonomia e mais de 1.000 ciclos de carga sem formação de dendritos — responsáveis por curtos-circuitos.
Outras inovações em bateria
Além das baterias sólidas, a Samsung investe em:
Baterias empilhadas
Adotando eletrodos mais finos e estrutura em camadas, as células empilhadas permitem até 10% mais densidade energética. A expectativa é que o Galaxy S26 Ultra já traga uma bateria de 5.500 mAh, mantendo o tamanho atual.
SUSCAM (Still Use Stainless Can)
Tecnologia que usa invólucro em aço inoxidável para maior robustez, resistência e segurança. Já utilizada em iPhones recentes e prevista para futuros Galaxy.
Painéis OLED mais eficientes
Novos painéis M14, que reduzem o consumo energético, devem ser integrados aos smartphones premium da Samsung a partir de 2026.
Comparativo das tecnologias de bateria
Tecnologia | Densidade energética (Wh/kg) | Segurança | Custo atual | Autonomia potencial |
---|---|---|---|---|
Íons de lítio (atual) | 250–300 | Moderada | Baixo | Limitada |
Silício de carbono | +10% sobre lítio | Menos estável | Médio-alto | Alta |
Estado sólido | ~500 | Muito alta | Alto | Muito alta |
Empilhada | +10% sobre lítio | Alta | Médio | Alta |
No setor automotivo, a Toyota também lidera pesquisas com baterias sólidas, prevendo autonomia de 1.200 km e recarga em 10 minutos até 2028, começando por modelos híbridos antes de migrar para 100% elétricos.
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