O fundo imobiliário RBRY11, gerido pela RBR Asset, segue reforçando sua estratégia de tornar a carteira 100% atrelada ao CDI, com rendimento consistente e reservas em alta. Em junho, o fundo pagou R$ 1,10 por cota, equivalente a um dividend yield anualizado competitivo, e acumulou R$ 0,16 por cota em reservas, garantindo margem para futuras distribuições.

Negociado com um desconto de cerca de 3% em relação ao valor patrimonial (VP), o RBRY11 continua atraente para investidores que buscam rendimentos atrelados à taxa básica de juros com um adicional (spread) acima do CDI.

Investimentos e estratégia em evolução

Nova alocação e migração para estrutura exclusiva

Durante o mês, o fundo alocou aproximadamente R$ 25 milhões em um novo CRI CDI +4,75%, fortalecendo ainda mais sua exposição à renda fixa pós-fixada. Além disso, a gestora concluiu a migração de uma posição anteriormente em um CRI residencial para um fundo imobiliário exclusivo, o que traz mais flexibilidade para a estratégia.

A RBR também informou que a carteira passou por ajustes sem degradação da qualidade de crédito, com revisão de taxas para cima em alguns ativos, o que contribuiu para o desempenho robusto.

Desempenho financeiro no semestre

No primeiro semestre de 2025, o RBRY11 apresentou receita total de R$ 71 milhões, com pagamentos aos cotistas somando R$ 68 milhões, reforçando a reserva de caixa. A receita do mês ficou em R$ 15,7 milhões, superando os R$ 14 milhões distribuídos.

O gráfico abaixo mostra a evolução das principais métricas do fundo nos últimos meses:

MêsReceita (R$ mi)Distribuição (R$ mi)Reserva acumulada (R$/cota)
Mar/2511,211,00,08
Abr/2512,512,00,12
Mai/2513,813,50,14
Jun/2515,714,00,16

O fundo mantém alocações em setores como financiamento de obras corporativas e residenciais, com foco em incorporações e projetos que garantem taxas CDI +4,5% a +4,75%. Essa estratégia, embora exposta ao segmento residencial — mais arriscado —, tem se mostrado eficiente para extrair retornos acima da média.

A gestão destacou que as três estratégias tradicionais da casa seguem ativas, mas com clara preferência por operações atreladas ao CDI, em detrimento das antigas posições em IPCA, alinhando-se ao cenário de juros elevados.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.