quinta-feira, 21 novembro / 2024

A Raízen, joint venture formada pela Shell e pela Cosan, veio a público negar as especulações de que estaria planejando vender suas operações na Argentina. A informação foi divulgada em resposta a inquéritos feitos pela Comissão de Valores Mobiliários sobre possíveis desinvestimentos.

Desde 2018, quando a Raízen adquiriu a divisão de downstream da Shell na Argentina por US$ 916 milhões, a presença da marca se fortaleceu significativamente. O negócio incluiu a Refinaria de Buenos Aires, 665 postos de varejo, além de outros empreendimentos ligados ao setor de combustíveis.

Recentemente, a empresa anunciou um investimento robusto de US$ 600 milhões, previstos para os próximos quatro anos, com o objetivo de modernizar a infraestrutura existente e expandir sua capacidade de produção.

A Raízen enfatiza que a avaliação contínua de seu portfólio e a reciclagem de ativos são componentes cruciais de sua estratégia de negócios. Essas ações estão alinhadas com o compromisso da empresa em reforçar sua posição como líder no mercado de biocombustíveis e como distribuidora de combustíveis.

A parceria estratégica com a Shell por meio de um acordo de licenciamento mantém a visibilidade da marca Shell na Argentina, enquanto a Raízen continua expandindo suas operações globalmente, especialmente no Brasil, onde administra cerca de 6.400 postos e gera um faturamento anual na casa dos US$ 24 bilhões.

A Raízen também destacou recentes desenvolvimentos em sua linha de produção de biocombustíveis, incluindo um novo acordo com a Shell para a construção de cinco plantas de etanol celulósico no Brasil. Essas iniciativas sublinham o papel da empresa na transição para fontes de energia mais sustentáveis e seu compromisso com o crescimento e a inovação no setor energético.

Conclusão Apesar das especulações do mercado, a Raízen assegura seu comprometimento com as operações na Argentina, que desempenham um papel estratégico em sua expansão e fortalecimento no mercado de biocombustíveis. A reiteração do investimento na Argentina e a contínua avaliação de ativos evidenciam o potencial de adaptação e crescimento da empresa em resposta às dinâmicas do mercado energético global.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.