O fundo imobiliário VISC11, focado no segmento de shoppings centers, segue como um dos mais robustos e procurados pelos investidores em busca de renda passiva. Com mais de R$ 3,6 bilhões em patrimônio líquido, boa liquidez diária e uma distribuição mensal estável de dividendos, o fundo gerido pela gestora Vinci Partners chama atenção pela consistência. Mas afinal, quanto é preciso investir para receber dividendos suficientes para comprar novas cotas ou até mesmo garantir uma aposentadoria mensal de até R$ 15 mil?

Entenda o perfil do VISC11

O VISC11 é um fundo de tijolo voltado para o setor de shopping centers, com 30 ativos distribuídos por 15 estados e o Distrito Federal, majoritariamente localizados em São Paulo. A gestão do portfólio é diversificada, contando com 11 administradoras diferentes. A vacância física está em torno de 5,5%, considerada saudável para o segmento.

Com cotação atual em R$ 101,77 e um P/VP de 0,82, o fundo está sendo negociado abaixo do seu valor patrimonial, o que pode representar uma oportunidade para investidores de longo prazo. Os dividendos pagos recentemente têm se mantido estáveis em R$ 0,80 por cota, refletindo um dividend yield anualizado de 9,53%.

Simulações: Quanto investir para receber diferentes rendas mensais?

Com base no pagamento médio de R$ 0,80 por cota e na cotação de R$ 101,77, é possível estimar quanto capital seria necessário para gerar diferentes níveis de renda passiva. A seguir, veja simulações que vão desde a compra de uma nova cota até uma renda mensal de R$ 15 mil:

 Para comprar uma nova cota com os próprios dividendos:

  • 127 cotas (R$ 12.900): geram cerca de R$ 102 mensais

 Para renda passiva mensal:

  • R$ 150/mês → 188 cotas (R$ 19.000)

  • R$ 200/mês → 250 cotas (R$ 25.400)

  • R$ 300/mês → 375 cotas (R$ 38.000)

  • R$ 500/mês → 625 cotas (R$ 63.600)

  • R$ 1.000/mês → 1.250 cotas (R$ 127.000)

  • R$ 4.000/mês → 5.000 cotas (R$ 508.500)

  • R$ 15.000/mês → 18.750 cotas (R$ 1,9 milhão)

Importante: essas simulações consideram que o fundo mantenha o patamar atual de distribuição (R$ 0,80 por cota). Qualquer alteração no rendimento, venda de ativos ou revisão da política de distribuição pode impactar diretamente esses valores.

O poder dos reinvestimentos e o efeito bola de neve

A simulação mostra claramente o efeito exponencial do reinvestimento dos dividendos. Por exemplo, com R$ 15 mil mensais de dividendos, o investidor poderia comprar mais de 130 cotas por mês, o que acelera drasticamente o crescimento patrimonial ao longo do tempo. Isso reforça a estratégia de reinvestir os rendimentos enquanto não houver necessidade de usar o dinheiro.

Para quem está começando, o primeiro objetivo pode ser acumular cotas suficientes para que os dividendos mensais já cubram o valor de uma nova cota. Isso cria um ciclo virtuoso de crescimento automático — o chamado “efeito bola de neve”.

Diversificação é essencial

Apesar da atratividade do VISC11, especialistas alertam que alocar grandes valores em um único fundo pode ser arriscado. A recomendação é sempre montar uma carteira diversificada com diferentes segmentos de fundos imobiliários, como:

  • Fundos de lajes corporativas

  • Fundos de logística

  • Fundos de papel (CRIs atrelados ao CDI e IPCA)

  • Fundos híbridos e multiestratégia

Essa diversificação protege o investidor de riscos setoriais e garante maior estabilidade na renda mensal.

VISC11 se destaca entre os FIIs mais robustos da Bolsa brasileira, tanto em volume de ativos quanto em número de cotistas (mais de 344 mil). O fundo é uma alternativa interessante para quem busca exposição ao varejo e quer construir renda passiva com consistência. No entanto, como qualquer investimento em renda variável, os rendimentos não são garantidos e o risco deve ser avaliado com cautela.

Antes de investir, é fundamental analisar o relatório gerencial do fundo, entender o nível de alavancagem, o cronograma de amortizações e os riscos associados à operação. E, claro, sempre diversificar.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.