Os preços do petróleo registraram queda nos mercados asiáticos na quinta-feira, mesmo após o corte nas taxas de juros anunciado pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. A medida do Fed, maior do que o esperado, teve efeito contrário ao pretendido, alimentando temores sobre a economia americana e global.
Os contratos futuros do Brent, para novembro, caíram 0,46%, chegando a US$ 73,31 por barril, enquanto os futuros do WTI para outubro recuaram 0,59%, atingindo US$ 70,49 por barril. Apesar de cortes nas taxas de juros geralmente estimularem a atividade econômica, os investidores demonstraram insatisfação. Analistas do ANZ destacaram em nota que o corte de 50 pontos-base sinaliza “fortes ventos contrários na economia”, e a perspectiva de médio prazo do Fed para as taxas manteve o mercado pessimista.
Além das preocupações internas dos EUA, a demanda enfraquecida da economia chinesa também exerce pressão sobre os preços do petróleo. A produção de refinarias chinesas caiu pelo quinto mês consecutivo em agosto, conforme dados recentes do bureau de estatísticas do país. Paralelamente, a produção industrial desacelerou para seu menor índice em cinco meses, com vendas no varejo e preços de imóveis também em declínio.
Ainda que a situação atual pareça sombria, analistas do Citi veem sinais de possível recuperação na demanda por petróleo na China. Eles projetam um crescimento de 300.000 barris por dia no quarto trimestre, impulsionado por melhorias nas operações de refinarias independentes e pela entrada em operação da nova refinaria Shandong Yulong Petrochemical.
No cenário geopolítico, os mercados continuam atentos às tensões no Oriente Médio. Recentemente, explosões envolvendo walkie-talkies usados pelo grupo libanês Hezbollah elevaram os temores de escalada do conflito em Gaza. Fontes de segurança indicam possível envolvimento da agência de espionagem israelense Mossad, embora autoridades israelenses não tenham se pronunciado oficialmente.
A volatilidade no preço do petróleo reflete um contexto global instável, marcado por incertezas econômicas, oscilações na demanda e preocupações geopolíticas, tornando o cenário desafiador para investidores e analistas.
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