Em um movimento que reflete tanto as condições geopolíticas quanto as expectativas econômicas, os preços do petróleo subiram significativamente nesta terça-feira, com analistas apontando para uma mistura de cortes esperados nas taxas de juros nos EUA e contínuas no financeiras como principal descobertos.
A produção de petróleo no Golfo do México nos EUA ainda se encontra comprometida, com mais de 12% da produção fora de operação devido ao impacto recente do furacão Francine. Esse cenário contribuiu para um aumento acumulado nos preços durante as quatro últimas cinco sessões de negociação. Simultaneamente, o Brent, referência internacional para os preços do petróleo, registrou um aumento de 95 centavos, alcançando US$ 73,70 por barril, o que marca o seu maior nível no mês.
Paralelamente, o esforço no Oriente Médio se intensifica com a escalada de hostilidades entre o Hezbollah e Israel. A situação levou a uma resposta militar que resultou em baixas graves, e com repercussões diretas sobre a estabilidade na produção e a falta de petróleo na região, particularmente na Líbia, onde disputas internacionais impactaram a produção e exportação do recurso.
Em resposta a esses intermediários, as exportações de petróleo da Líbia demonstraram uma recuperação para cerca de 550.000 barris por dia, embora ainda sejam inferiores aos níveis do mês anterior.
No panorama econômico, a expectativa de um corte nas taxas de juros do Federal Reserve dos EUA esta semana adiciona uma camada adicional de dinâmica ao mercado. Com uma probabilidade de 69% de um corte de 50 pontos-base, segundo futuros dos fundos do Fed, analistas como Matias Togni apontam que uma redução poderia desvalorizar o dólar americano e, por consequência, gerar os preços do petróleo e outras commodities.
Além disso, sinais de recuperação da demanda de petróleo na China, apesar de uma economia anteriormente turbulenta, trazem otimismo ao setor. As importações chinesas de petróleo estão se aproximando de seus níveis mais altos deste ano, diminuindo uma possível revitalização no maior mercado consumidor de petróleo.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário