Nesta terça-feira, o preço do petróleo registrou uma queda acentuada de mais de 4%, refletindo uma combinação de alívio nas preocupações com a interrupção do fornecimento de petróleo iraniano e a revisão para baixo das expectativas de demanda global. A cotação do Brent recuou US$ 3,29, ou 4,3%, chegando a US$ 74,17 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) caiu US$ 3,38, ou 4,6%, para US$ 70,45 por barril.
A baixa reflete o menor nível registrado desde o início de outubro, após os preços terem acumulado perdas na segunda-feira, quando os investidores começaram a abandonar o chamado “prêmio de guerra” em meio à crescente segurança de que Israel não atacaria as instalações petrolíferas do Irã. A decisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de focar alvos militares iranianos e evitar as instalações nucleares e petrolíferas contribuiu para diminuir as tensões no mercado, conforme reportado pelo Washington Post.
Nas últimas semanas, o risco de um ataque às infraestruturas de petróleo do Irã vinha elevando os preços, impulsionado pelo temor de retaliação após o ataque de mísseis iraniano em 1º de outubro. Entretanto, a postura moderada de Israel, juntamente com o enfraquecimento das previsões de demanda, levou a uma rápida reavaliação do mercado.
Além disso, tanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) quanto a Agência Internacional de Energia (AIE) revisaram suas expectativas de crescimento da demanda global de petróleo para 2024. A China, maior consumidor mundial de energia, foi o principal fator de rebaixamento nas projeções, com suas importações de petróleo em setembro ficando abaixo do esperado e o crescimento econômico do país mostrando sinais de desaceleração.
“A demanda enfraquecida está retirando o ‘prêmio de guerra’ que havia sido incorporado aos preços”, afirmou Priyanka Sachdeva. “Se não fosse pelas tensões geopolíticas, os preços já teriam caído abaixo dos US$ 70 por barril.”
Apesar das quedas, o cenário geopolítico ainda oferece algum suporte aos preços. Analistas alertam que novos desenvolvimentos nas tensões no Oriente Médio podem rapidamente reverter a tendência de queda.
O mercado agora observa com atenção o desenrolar dos conflitos no Líbano, onde Israel expandiu seus ataques contra alvos do Hezbollah, e a evolução da demanda, principalmente vinda da China, que desempenha um papel crucial nas dinâmicas globais do setor energético.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário