A escalada dos conflitos entre Israel e Irã vem provocando uma reação imediata no mercado internacional de petróleo. Ataques recentes a refinarias e instalações estratégicas no Irã estão gerando temores de redução na oferta global da commodity, elevando os preços e impactando diretamente empresas do setor, como a Petrobras.
Na sexta-feira, o barril de petróleo tipo Brent encerrou em forte alta de 7%, superando os US$ 74, com perspectiva de continuar subindo caso o conflito se agrave. A máxima nas últimas 52 semanas foi de US$ 87,95, e analistas não descartam uma volta a esse patamar — ou até acima — nas próximas semanas, caso haja mais ataques a infraestruturas de energia no Oriente Médio.
Impacto na Petrobras: ações em disparada
O reflexo foi imediato nas ações da Petrobras (PETR4). Os papéis subiram de R$ 29 para R$ 32,50 em poucos dias, impulsionados não só pela alta do petróleo, mas também pelas perspectivas de dividendos robustos e pela expansão internacional da companhia.
A estatal brasileira vem negociando nove blocos offshore na Costa do Marfim, além de avançar com projetos de exploração na Namíbia, África do Sul e São Tomé e Príncipe. O objetivo é diversificar sua base de produção e fortalecer suas reservas, mirando regiões com alto potencial de petróleo.
Outro ponto estratégico é a Margem Equatorial brasileira, cuja exploração deve gerar investimentos bilionários, além de ampliar a segurança energética do país. Simulações previstas para ocorrer entre 14 e 20 de julho podem destravar aprovações e cronogramas para início da produção.
Dividendos: projeções para 2025 surpreendem
A boa fase operacional e o cenário favorável para o petróleo devem se refletir diretamente na distribuição de dividendos. A projeção conservadora para 2025 indica um pagamento de R$ 3,14 por ação, sendo que R$ 2,23 ainda podem ser anunciados ao longo do ano.
Além dos dividendos ordinários, permanece no radar do mercado a possibilidade de dividendos extraordinários, tema que pode voltar à pauta do Conselho de Administração da Petrobras, especialmente diante da necessidade do governo de reforçar o caixa para as contas públicas.
Comparativo com outras estatais
No panorama das estatais brasileiras, a Petrobras lidera em potencial de dividendos para 2025:
Petrobras (PETR4): R$ 3,14 por ação
Banco do Brasil (BBAS3): R$ 2,90 por ação
Cemig (CMIG4): R$ 1,40 por ação
Sanepar (SAPR4): R$ 1,72 por ação
Esses valores reforçam a atratividade das ações da Petrobras não apenas para investidores institucionais, mas também para pessoas físicas que buscam renda passiva na Bolsa.
Cenário de riscos e oportunidades
Apesar do cenário otimista, a Petrobras também enfrenta desafios relevantes. A dependência de variáveis externas, como o preço do petróleo, e os riscos geopolíticos são fatores que podem impactar tanto os resultados quanto os dividendos. Além disso, a pressão por investimentos em energia limpa e transição energética segue como uma pauta permanente no horizonte da companhia.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário