Em um movimento estratégico para diversificar suas operações e aproveitar sua expertise em poços de águas profundas, a Petrobras está em negociações avançadas para adquirir participações em blocos de exploração petrolífera em países africanos, incluindo Namíbia, África do Sul e Angola.
As negociações envolvem grandes petrolíferas como ExxonMobil Corp., Shell Plc, TotalEnergies SE e Equinor ASA. Entre as oportunidades em análise está a compra de 40% do campo de Mopane, operado pela Galp Energia SGPS SA na Namíbia, que se destaca como uma promissora descoberta offshore.
Este movimento é parte de um esforço mais amplo da Petrobras para se adaptar à escassez de novas descobertas comerciais em campos tradicionais de águas profundas na costa do Brasil, conhecidos como região do pré-sal. Com recentes fracassos exploratórios, a empresa busca novos horizontes, inclusive o xisto de Vaca Muerta na Argentina, onde discussões estão em andamento para formar parcerias que facilitem o desenvolvimento e reduzam custos.
Além disso, o contexto geológico compartilhado entre Brasil e Namíbia reforça o otimismo da Petrobras, sugerindo um potencial comparável ao das descobertas transformadoras na Guiana, que redefiniram a economia local.
O presidente da Shell, Wael Sawan, e o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, demonstraram suporte através de encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e declarações em conferências, respectivamente, destacando um ambiente de cooperação crescente entre as gigantes do setor.
A empresa reservou US$ 11 bilhões para aquisições, como parte de um plano de investimentos que totaliza US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos, destacando o compromisso da Petrobras com sua expansão e sustentabilidade operacional. Sylvia dos Anjos também comentou sobre as negativas de retomada de operações na Venezuela devido a preocupações ambientais, reforçando a postura responsável da empresa perante desafios ecológicos.
Este desenvolvimento marca um período de transformação significativa para a Petrobras, buscando não apenas diversificar sua base de operações, mas também fortalecer sua posição como líder na indústria petrolífera na América Latina e agora, potencialmente, na África.
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