A Petrobras prepara o mercado para mais um anúncio de dividendos em agosto, mantendo seu histórico recente de forte remuneração aos acionistas. As expectativas variam entre R$ 0,74 e R$ 0,85 por ação, segundo analistas, com base no fluxo de caixa livre da companhia, um dos maiores entre as empresas do setor de petróleo no mundo.

No segundo trimestre, cujo balanço será divulgado em 7 de agosto, a estatal deve confirmar os proventos e indicar a data de pagamento. Investidores que estiverem com ações até a chamada data com, prevista para meados de agosto, terão direito a receber.

Setor de petróleo sustenta pagamentos

A estatal opera num setor cíclico, sensível à volatilidade do barril de petróleo e ao câmbio. Ainda assim, o preço médio do Brent em torno de US$ 70 a US$ 75 tem sido suficiente para gerar caixa robusto e permitir dividend yields de dois dígitos nos últimos 12 meses.

Nos últimos 12 meses, a Petrobras pagou aproximadamente R$ 5,58 por ação, tanto para PETR3 (ordinária) quanto para PETR4 (preferencial), equivalente a um dividend yield médio superior a 20% no período.

Expectativas para os próximos meses

O mercado projeta que, além do pagamento regular no terceiro trimestre, a Petrobras poderá anunciar dividendos extraordinários no quarto trimestre — como ocorreu nos últimos anos — caso o fluxo de caixa continue favorável.

Além disso, a previsão para 2025 é de pagamentos somados em torno de R$ 3,14 por ação ao longo do ano, sem incluir eventuais adicionais.

Histórico recente de pagamentos

Confira abaixo o histórico dos dividendos pagos pela Petrobras nos últimos 12 meses:

Data de anúncioData de pagamentoValor por ação (R$)
Jun/2024Set/20240,74 (estimado)
Mar/2024Mai/20241,34
Nov/2023Jan/20242,10
Ago/2023Nov/20231,40

Analistas destacam que a Petrobras continua a ser uma boa opção para quem busca renda passiva, sobretudo para carteiras previdenciárias com horizonte de 7 a 10 anos. O investidor deve, no entanto, estar atento aos riscos inerentes ao setor de óleo e gás, como variações do preço do barril e da taxa de câmbio, além de incertezas políticas que podem afetar a governança corporativa e a política de distribuição.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.