Petrobras aposta na expansão petrolífera respeitando o meio ambiente

A Petrobras planeja priorizar a exploração e produção de petróleo e gás natural no próximo ciclo estratégico de 2025 a 2029. Fernando Melgarejo, executivo financeiro de relacionamento com investidores, enfatizou a importância da ampliação das reservas para a sustentabilidade econômica da estatal. “Cada gota de óleo é vital, desde que economicamente viável”.

Essa nova diretriz representa uma notável mudança em relação às políticas anteriores. Durante a gestão de 2020, sob o governo Bolsonaro, a Petrobras desinvestiu em 14 campos de petróleo e gás na Bahia, incluindo a venda da refinaria Landulpho Alves, marcando uma redução significativa na presença da empresa no estado. Esta venda foi parte de uma política mais ampla de desinvestimentos que reduziu a capacidade produtiva da empresa na região.

Magda Chambriard, presidente da associação de petroleiros, junto com outros representantes da categoria, destacou a importância do retorno da Petrobras à Bahia em uma reunião na sede da empresa no Rio de Janeiro. A previsão é que até 2025 sejam operadas 25 sondas de produção e perfuração na Bahia. Além disso, a gerência de sondagem será transferida do Rio Grande do Norte para a Bahia, reforçando o compromisso da empresa com o estado.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, presente na discussão, apoiou a iniciativa, sublinhando os benefícios econômicos esperados. A paralisação de operações em 2020 resultou em 50 demissões diretas e indiretas, um impacto severo na economia local. Com a retomada, espera-se não só a geração de empregos, mas também a revitalização econômica dos municípios produtores de petróleo que foram afetados pelas privatizações anteriores.

A produção média do Polo Rio Ventura, por exemplo, foi de apenas 150 barris de petróleo por dia e 33.000 metros cúbicos de gás natural diariamente no primeiro semestre de 2020. O papel da Petrobras vai além da produção; trata-se também de uma questão de investimento local através de salários e royalties que beneficiam diretamente os municípios envolvidos.

Essas mudanças representam um esforço da atual administração para equilibrar a necessidade de crescimento econômico com as responsabilidades ambientais e sociais, garantindo que a exploração de recursos naturais não comprometa os esforços de transição energética.