A Petrobras (PETR4) anunciou a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) com Datacom marcada para esta segunda-feira, 2 de junho. Investidores que estiverem posicionados até o fim do pregão terão direito ao recebimento dos proventos. No dia seguinte, 3 de junho, as ações já serão negociadas ex-direitos, com provável ajuste na cotação — que pode voltar à faixa dos R$ 29, valor recente de suporte observado no mercado.
Os valores são divididos em três componentes:
R$ 0,14 por ação em JCP bruto,
R$ 0,30 em dividendos,
R$ 0,45 adicionais em JCP bruto.
Lembrando que os valores de JCP sofrem retenção de 15% de IR na fonte.
Além dos proventos, a estatal anunciou um robusto plano de investimentos. Até 2026, a Petrobras pretende contratar 52 novas embarcações, elevando o número inicialmente previsto de 48 unidades. O valor investido será de R$ 29 bilhões, conforme detalhado pela CEO da companhia. A medida deve fortalecer a cadeia produtiva e logística de petróleo, além de gerar cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos na indústria naval.
Itaú (ITUB4) anuncia JCP de R$ 3 bilhões com pagamento em agosto
Outro destaque do mercado foi o anúncio do Itaú Unibanco (ITUB4), que divulgou o pagamento de JCP no valor bruto de R$ 0,33 por ação, totalizando R$ 3 bilhões. Após retenção do IR, o valor líquido a ser creditado será de R$ 0,28 por ação. Para ter direito, o investidor precisa estar com as ações em carteira até a Datacom de 9 de junho. O pagamento está previsto para 29 de agosto.
O Itaú vem de um primeiro trimestre de 2025 com resultados sólidos, crescimento em receita e margens atrativas, o que sustenta a política de proventos robustos.
Endividamento do Brasil preocupa e pressiona estatais
A divulgação dos dados fiscais de abril pelo Banco Central trouxe nova pressão sobre os ativos brasileiros, especialmente as ações estatais. A dívida bruta do país atingiu 76,2% do PIB, avanço em relação aos 75,9% de março. Além disso, o superávit primário ficou em R$ 14 bilhões — abaixo da projeção de R$ 17 bilhões.
Esse cenário de aumento da dívida e frustração com as contas públicas pode gerar mais instabilidade nos preços das ações de estatais, como Petrobras, Banco do Brasil e os Correios, que já enfrentam prejuízos recorrentes. O governo poderá anunciar novas medidas de arrecadação nas próximas semanas para tentar equilibrar as contas antes de 2026, ano eleitoral.
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