Após meses de estagnação, os preços do petróleo apresentam um raro ganho semanal, motivados pela recente decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir a taxa básica de juros em 0,5%. Esse movimento tem refletido positivamente nos preços do petróleo, com o West Texas Intermediate (WTI) saltando de US$ 69 para cerca de US$ 72 por barril. Simultaneamente, o Brent também registrou um aumento de aproximadamente US$ 2 por barril ao longo da semana.
A queda acentuada nos estoques de petróleo dos Estados Unidos também contribuiu para o otimismo do mercado. Segundo dados da Energy Information Administration, os estoques atingiram o menor nível em 12 meses, sinalizando uma possível retomada na demanda por petróleo. Além disso, um relatório do Citi destacou uma defasagem de fornecimento de 400.000 barris por dia, reforçando as expectativas de um mercado mais apertado.
Embora o corte de juros pelo Fed tenha sido amplamente antecipado pelos mercados, a atenção agora se volta para as dinâmicas globais de demanda. A China continua sendo uma grande incógnita, com seu impacto considerável sobre a demanda global por petróleo. Na Europa, há relatos de que refinarias estão reduzindo suas operações devido a margens de lucro baixas, o que não necessariamente indica uma demanda fraca por combustíveis. De fato, dados da Kpler apontam que as importações de diesel para a União Europeia e o Reino Unido podem atingir o maior nível em 17 meses este setembro, com entradas diárias estimadas em 1,36 milhão de barris.
A combinação de cortes de produção e uma manutenção sazonal nas refinarias tem limitado a oferta, enquanto a demanda permanece relativamente estável, apesar da redução na atividade industrial dos últimos anos. Este equilíbrio entre oferta e demanda será crucial para determinar a trajetória dos preços do petróleo nas próximas semanas.
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