A capital paulista, maior e mais rica cidade do Brasil, está prestes a inaugurar um dos empreendimentos mais ambiciosos da história da engenharia brasileira: a Linha 6-Laranja do metrô. Com 15 estações e 15,3 km de extensão, a nova linha promete beneficiar milhares de passageiros por dia, melhorar a mobilidade urbana e impulsionar o desenvolvimento econômico e social da cidade.

Atualmente, São Paulo conta com uma ampla rede de transporte sobre trilhos, incluindo o sistema da CPTM, que possui cinco linhas e 57 estações, e o metrô, que opera seis linhas totalizando 104 km de extensão e transporta mais de 4 milhões de passageiros diariamente. Mesmo assim, a cidade ainda enfrenta problemas de superlotação, longos intervalos e falta de integração entre as redes.

A importância da Linha 6-Laranja para a cidade

A nova linha será estratégica por conectar regiões da Zona Norte, como Brasilândia, a importantes áreas centrais da cidade, além de atender instituições de ensino como a Universidade Mackenzie, FAP e PUC-SP. Não à toa, já é conhecida como a “linha das universidades”.

O projeto prevê o uso de mais de 500 mil m³ de concreto e 50 mil toneladas de aço. Até o momento, cerca de 9 mil trabalhadores atuam em turnos contínuos para acelerar as obras, que atingiram aproximadamente 80% de execução total.

O impacto na mobilidade e na economia

A Linha 6-Laranja ajudará a desafogar as linhas mais movimentadas do metrô e reduzirá os problemas enfrentados diariamente pelos paulistanos, como superlotação e longas esperas. Além de facilitar o acesso ao transporte público, a obra deve valorizar imóveis próximos às estações e estimular novos empreendimentos, gerando empregos e movimentando a economia local.

Segundo o governador Tarcísio de Freitas, trata-se da maior intervenção em infraestrutura da América Latina, com custo estimado em R$ 18 bilhões. A primeira fase deve ser entregue no segundo semestre de 2026, e a conclusão total está prevista para 2027.

Avanço das obras estação por estação

A Linha 6 contará com 15 estações, algumas já com mais de 70% de conclusão, como Perdizes, Santa Marina e Água Branca, enquanto outras, como 14 Bis Saracura e Maria Estela, ainda apresentam avanços mais lentos. A meta é entregar todas as estações operando até 2027.

Para viabilizar a construção em meio a uma área densamente povoada, foi utilizada a tuneladora “CassiQue”, uma máquina de 2 mil toneladas e 109 metros de comprimento, capaz de escavar até 20 metros por dia, instalando anéis de concreto e reduzindo os riscos para os trabalhadores.

Próximos passos e expansão futura

Além da Linha 6-Laranja, estão em estudo novos projetos para ampliar o sistema metroviário paulista em mais 80 km de ferrovias até 2035, levando a rede a quase 400 km de extensão. Outro planejamento inclui melhorias em rodovias, pontes e até a navegabilidade do Rio Tietê, com o objetivo de transformar a mobilidade e a economia paulistana.

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Pamela Batista, fala tudo sobre o setor de construção, incluindo obras públicas, infraestrutura, construção pesada e civil.