A combustão interna com hidrogênio (H2ICE) surge como uma opção atraente para reduzir as emissões de carbono sem abandonar a tecnologia dos motores tradicionais, afirma a análise recente da IDTechEx. Embora o hidrogênio, quando queimado, evite emissões de CO2, a produção de óxidos nitrosos (NOx) e a fonte do hidrogênio ainda levantam questões.
Segundo Mika Takahashi, analista de tecnologia da IDTechEx, o H2ICE tem o potencial de transformar o setor automotivo, mas apenas 11% das vendas de veículos em 2023 foram elétricas, mostrando que o caminho para a eletrificação ainda é lento. “O relatório examina se o hidrogênio pode realmente substituir os combustíveis fósseis no transporte, ao mesmo tempo em que explora o impacto ambiental ao longo de seu ciclo de vida,” destaca Mika.
Emissões de NOx: o Desafio Persistente
A queima do hidrogênio elimina o CO2, mas as altas temperaturas da combustão geram óxidos nitrosos (NOx), poluentes regulamentados em muitas regiões. “Para que os motores H2ICE tenham credenciais de emissão zero, é necessário avançar na redução do NOx,” alerta Mika. O estudo avalia como fatores como proporções ar-combustível e velocidade do motor influenciam a produção de NOx, além de medidas como conversores catalíticos e recirculação de gases para minimizar essas emissões.
O Papel da Origem do Hidrogênio
A eficácia do hidrogênio como uma solução ambientalmente responsável depende do modo de produção. Hidrogênio verde, por exemplo, é derivado de fontes renováveis, enquanto o cinza, produzido a partir de combustíveis fósseis, gera emissões de CO2 significativas. Mesmo o hidrogênio azul, com captura de carbono, não é totalmente isento de emissões. Mika ressalta: “A produção do hidrogênio consome muita energia, o que reduz sua eficiência e amplifica as emissões no processo.”
Ciclo de Vida e Comparação com
A IDTechEx ainda compara o ciclo de vida das emissões dos motores H2ICE com os veículos elétricos a bateria (BEVs) e os veículos tradicionais, considerando as condições variadas da rede elétrica. A análise conclui que, embora promissores, os motores a hidrogênio ainda enfrentam barreiras significativas para se tornarem uma alternativa viável e sustentável no combate às emissões.
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