No coração da zona sul de São Paulo, uma das obras mais ambiciosas da engenharia nacional avança em ritmo acelerado. A Torre Alto das Nações, que fará parte do complexo homônimo erguido no terreno da antiga loja número 1 do Carrefour, está prestes a se tornar o maior edifício corporativo do país, com 48 andares e uma série de inovações que devem transformar a dinâmica urbana da região.
Um gigante de concreto e vidro
Iniciada em fevereiro de 2021, a construção já alcança o 42º pavimento de um total de 48, com previsão de conclusão estrutural entre junho e julho de 2025. O ritmo é intenso: são duas lajes e meia por mês, com 2.500 m² por andar. A superestrutura de concreto, as fachadas unitizadas de vidro e os 33 elevadores divididos por zonas já estão em pleno avanço.
No topo da torre, um mirante panorâmico de 360º será aberto ao público, incluindo uma plataforma de vidro suspensa para quem quiser viver a experiência de flutuar sobre São Paulo uma inovação inspirada em ícones como o Skydeck de Chicago. De lá, será possível enxergar a Marginal Pinheiros, o Jockey Club, a Avenida Paulista e até a represa de Guarapiranga.
Segurança e tecnologia em cada metro de altura
Com ventos fortes, chuvas e a logística desafiadora de um prédio tão alto, a obra exige monitoramento constante. As três gruas principais, incluindo uma com capacidade para até 5 toneladas na ponta, operam em sincronia com as etapas da construção. A medição de ventos é feita eletronicamente, e o projeto estrutural da torre, assim como o sistema de fachadas, foi desenvolvido com base em simulações de ventos extremos feitas no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
O projeto também prevê flexibilidade estrutural, com pequenas folgas entre os painéis de vidro, que acompanham o “jogo” natural da edificação ao vento um cuidado técnico que garante segurança e durabilidade ao edifício.
Integração urbana e sustentabilidade
A torre corporativa faz parte da terceira fase do Complexo Alto das Nações, que inclui uma praça pública de 32 mil m², com áreas de lazer, lojas, hipermercado e, futuramente, um teatro. A ideia é criar um ambiente ativo durante toda a semana, evitando o esvaziamento comum em centros comerciais à noite.
Com pé-direito de 8,5 metros no térreo e integração direta à praça e ao entorno, o edifício será acessado tanto por quem vem do Carrefour quanto por quem circula pela nova malha de ruas e passagens planejadas.
Além disso, dois jardins suspensos em balanço marcam a fachada envidraçada de 40 mil m², criando um contraste verde que compõe a volumetria do edifício e reforça o conceito de biofilia no ambiente corporativo.
Espaço para 10 mil pessoas e futuro urbano
Com capacidade estimada para abrigar cerca de 10 mil pessoas, a Torre Alto das Nações vai redefinir o conceito de espaço de trabalho em São Paulo. O empreendimento reúne tecnologia, sustentabilidade e acessibilidade, refletindo uma nova era para os centros corporativos do país.
Mais do que um arranha-céu, a torre será um novo ícone da cidade símbolo de resiliência, inovação e integração entre a arquitetura de ponta e a vida urbana ativa.
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