Um investidor divulgou nesta segunda-feira (15) a atualização de sua carteira pública, com destaque para um novo aporte em ações da Eletrobras (ELET6). A decisão marca uma volta de foco no setor elétrico, após um período concentrando compras em bancos e seguradoras, e reflete sua estratégia de diversificação e previdência de longo prazo.

Mesmo reconhecendo que as elétricas não estão nas maiores “barganhas” do mercado atualmente, ele defende que o setor oferece previsibilidade de dividendos e potencial de valorização futura. A Eletrobras, segundo ele, é uma aposta em turnaround — ou seja, na recuperação e transformação da empresa — com possibilidade de anúncio de dividendos ainda em agosto, embora sem garantias.

Por que reforçar as elétricas agora?

O investidor argumenta que as elétricas — representadas em sua carteira por Eletrobras, ISA Cteep, Taesa e Cemig — combinam previsibilidade com capacidade de geração de valor no longo prazo. Ele também destaca a exposição equilibrada a transmissoras, distribuidoras e geradoras, priorizando as duas primeiras pela estabilidade dos fluxos de caixa.

Além da Eletrobras, a ISA Energia (ISA Cteep) também aparece como uma potencial próxima compra, embora o aporte recente tenha priorizado a Eletrobras por estarem próximos os resultados trimestrais — momento em que a empresa pode divulgar um dividendo “inteligente” no curto prazo.

Composição atual da carteira

Atualmente, o setor elétrico representa cerca de 34% da carteira de ações do investidor, seguido pelo setor bancário — onde a maior posição é no Banco do Brasil (BBAS3), representando sozinho 21% do total de ações. Ele reforça, no entanto, que apesar dessa concentração setorial, há uma diversificação entre empresas para mitigar riscos e preservar a renda passiva.

Na lista das maiores posições, depois do Banco do Brasil vêm BB Seguridade, ISA, Petrobras e Vale. Eletrobras, Cemig, Gerdau e BR Partners completam o portfólio doméstico. O investidor também mantém exposição internacional crescente, por meio de ETFs e REITs.

Estratégia e lições

Para ele, a estratégia de “fazer o básico” — isto é, manter empresas previsíveis, diversificar e comprar com margem de segurança — é o que trouxe tranquilidade para investir ao longo do tempo. Ele alerta sobre os riscos de concentrações excessivas e defende que mesmo investidores não previdenciários deveriam ter pelo menos uma elétrica em carteira, pela previsibilidade e pelo potencial de ganhos em ciclos de alta.

Tabela: Distribuição da carteira por setor

SetorParticipação (%)
Energia elétrica34
Bancário21
Seguros10
Petróleo e gás9
Mineração8
Outros18

O investidor sinaliza que pretende continuar aportando aos poucos em ISA Cteep e BB Seguridade nos próximos meses, sempre priorizando margens de segurança e sem pressa, já que boa parte dos dividendos do setor elétrico só será anunciada em dezembro.

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Eliomar Menezes é economista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Planejamento Econômico e Finanças Corporativas. Com mais de 15 anos de experiência no setor financeiro, atua como analista econômico e consultor em estratégias de mercado. Sua expertise inclui macroeconomia, análise de investimentos e projeções de mercado. No O Petróleo, Eliomar oferece análises aprofundadas e orientações práticas sobre as tendências econômicas, fortalecendo a base de conhecimento dos leitores.