Em uma recente reunião bilateral em Brasília, os ministros do petróleo da Índia e do Brasil discutiram os desafios enfrentados na estruturação da Aliança Global para Biocombustíveis (GBA), com ambos os países reafirmando seu compromisso de estabelecer uma sede e definir o estatuto da aliança até o fim do ano corrente. Lançada em setembro de 2023, a GBA ainda carece de uma carta, governança fixa e secretariado permanente, elementos essenciais para sua operacionalização efetiva.
Fontes oficiais indicam que falta progresso em uma preocupação central na reunião entre Hardeep Singh Puri, Ministro do Petróleo da Índia, e seu homólogo brasileiro. O limite de dados para a resolução dessas pendências é visto como crucial para avançar nas metas de sustentabilidade ambiental e econômica preconizadas pelo grupo.
Além de estabelecer uma sede física, a GBA já iniciou um traçar um plano de ação, centrado na análise das políticas de biocombustíveis dos países membros, na elaboração de estratégias de implementação e na realização de workshops. Essas ações refletem o esforço conjunto para fomentar o comércio global de biocombustíveis, aumentar a conscientização sobre suas vantagens e explorar mecanismos de apoio para sua adoção ampliada.
A Índia, destacando-se como um dos principais proponentes da aliança, sugeriu três linhas de ação durante a última reunião, promovendo o fortalecimento do compromisso do bloco com o crescimento do setor de biocombustíveis. Apesar de contribuir com apenas 2,7% do consumo global de biocombustíveis em 2022, a Índia é o terceiro maior produtor de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil, revela a Agência Internacional de Energia (AIE).
A GBA, que já conta com a adesão de 24 países, incluindo nações do G7 como Itália e Estados Unidos, procura expandir a sua influência, atraindo especial interesse de países africanos e caribenhos como a Jamaica, que recentemente expressaram desejo de integrar a aliança. Esta expansão reflete o potencial identificado pela AIE, que estima um crescimento de até cinco vezes no mercado de biocombustíveis até 2050, impulsionado por metas de emissão zero de carbono.
Uma melhoria eficaz da GBA poderá redefinir o panorama energético global, oferecendo uma alternativa sustentável ao uso de combustíveis fósseis e fortalecendo a cooperação internacional na luta contra as mudanças climáticas. Nas próximas etapas, marcadas pela construção da sede e definição de uma estrutura operacional sólida, serão decisivas para o sucesso desta iniciativa.
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