O principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em alta de 0,45% nesta terça-feira, atingindo 137.164 pontos. O movimento foi impulsionado por três fatores decisivos: sinalizações do Banco Central brasileiro sobre o fim do ciclo de alta da Selic, declarações do Federal Reserve indicando possível corte de juros nos Estados Unidos e uma trégua no conflito entre Irã e Israel, que reduziu a aversão ao risco no mercado global.
Fim do ciclo de aperto monetário no Brasil
A ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que a taxa Selic deve permanecer no patamar de 15%, com possibilidade de estabilização no curto prazo. Essa sinalização foi bem recebida pelos investidores, que passaram a ver maior atratividade na renda variável, refletindo diretamente na valorização das ações listadas na B3.
Fed pode cortar juros em breve
Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que, caso as pressões inflacionárias continuem a ceder e o mercado de trabalho apresente sinais de desaquecimento, o corte de juros poderá ocorrer antes do previsto — com expectativas já para julho. A pressão política de Donald Trump por uma política monetária mais branda também tem ganhado força nos bastidores, influenciando os membros do banco central americano.
Essa perspectiva impulsionou os índices de Wall Street, com destaque para a Nasdaq, que renovou sua máxima histórica, favorecida pelo desempenho das big techs como Apple, Amazon, Google e Tesla.
Trégua entre Irã e Israel reduz risco geopolítico
O cessar-fogo no Oriente Médio reduziu as tensões após semanas de escalada militar entre Israel e Irã. Esse alívio no front geopolítico trouxe de volta o apetite por ativos de risco ao redor do mundo. Contudo, também resultou na forte queda do petróleo: o barril do tipo Brent recuou mais de 5% e voltou ao nível anterior ao ataque israelense de 13 dias atrás. Com isso, ações de petroleiras como Petrobras e PRIO encerraram o dia em queda.
Bancos lideram ganhos no Ibovespa
Com o cenário macro mais benigno e menor pressão sobre os juros, os papéis dos grandes bancos brasileiros — como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil — lideraram os ganhos do pregão, sendo os principais responsáveis pela alta do índice nesta terça.
Dólar sobe com saída de capital estrangeiro
Apesar do movimento global de enfraquecimento do dólar, no Brasil a moeda americana subiu 0,4%, encerrando o dia cotada a R$ 5,52. O movimento reflete a saída de capital estrangeiro do país, típica do encerramento de trimestre e intensificada pelas incertezas fiscais. Além disso, após forte desvalorização recente — saindo de R$ 6,30 para R$ 5,50 — investidores aproveitaram para realizar lucros e rebalancear posições.
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