A transição para o gás natural está ganhando força entre as maiores empresas de energia do mundo. Grandes nomes da indústria, como Shell, BP, TotalEnergies e ExxonMobil, estão ampliando suas operações e investimentos no setor de gás, apostando que o combustível será essencial no caminho para a redução das emissões de carbono. Em 2015, a Shell deu um passo decisivo ao adquirir o BG Group por US$ 70 bilhões, tornando-se o maior comerciante mundial de gás natural liquefeito (GNL). A entrega marcou o início de uma tendência que, quase uma década depois, se consolidou entre as principais gigantes do setor.
O gás natural, além de ser abundante, oferece uma vida útil mais longa para projetos em comparação com o petróleo e produz metade das emissões de carbono do carvão, tornando-se uma alternativa viável na transição energética. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda global por gás deve permanecer forte até 2050, com o GNL crescendo 50% até 2040, impulsionado pela digitalização global e a necessidade de fontes derivadas para manter as redes elétricas.
A recente conferência Gastech 2024, realizada em Houston, destacou que o gás continuará a desempenhar um papel fundamental na matriz energética por pelo menos mais uma década. Esse cenário se reflete em iniciativas como a fusão de empresas independentes do setor de gás de xisto nos Estados Unidos e o aumento da capacidade de produção da QatarEnergy, que busca recuperar sua posição de maior exportador de GNL do mundo.
À medida que as empresas de energia continuam a investir no gás, a expectativa é que ele se atue como uma ponte para a transição global de carvão para energias renováveis, consolidando seu papel como uma solução crucial no combate às mudanças climáticas.
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