As ações da Gerdau (GGBR4) e da Auren Energia (AURE3) estão no radar dos investidores em 2025. Ambas vêm apresentando recuperação consistente e perspectivas de crescimento, impulsionadas por fatores externos e internos, além de projeções atrativas para dividendos.

A Gerdau de olho na economia americana

A Gerdau, uma das maiores siderúrgicas do mundo, se beneficia diretamente das tarifas de importação de aço nos Estados Unidos, mercado que responde por boa parte da sua receita.

Nos últimos meses, as ações preferenciais GGBR4 saíram de uma mínima recente de R$ 13,89 em abril para R$ 17,76, com suporte vindo da economia norte-americana. Atualmente, os papéis giram em torno de R$ 16,66 a R$ 17,00, mas as estimativas indicam um preço justo entre R$ 21,60 e R$ 23,20, segundo analistas.

O bom desempenho é puxado pela demanda na indústria automotiva, construção civil e setor imobiliário dos EUA, que, após anos de estagnação, começa a reagir graças às políticas de incentivo interno e às restrições sobre o aço chinês.

Dividendos da Gerdau em 2025

Apesar do ciclo atual de baixa das commodities, a Gerdau mantém a distribuição de dividendos, ainda que em patamares menores. A expectativa para 2025 é de R$ 0,45 a R$ 0,60 por ação no ano, distribuídos em parcelas trimestrais, com pagamentos médios de R$ 0,05 por trimestre.

Embora não sejam dividendos tão expressivos quanto empresas de setores como petróleo ou bancos, eles continuam atraindo investidores que olham para a recuperação do setor no médio e longo prazo.

Meta holding: reflexo direto da Gerdau

A Meta (GOAU4), holding da Gerdau, também acompanha a valorização dos papéis da siderúrgica. As ações GOAU4 saíram de R$ 7,75 em abril para picos recentes de R$ 9,69, e podem buscar os patamares de R$ 11,70 a R$ 12,00, acompanhando a força operacional da Gerdau, especialmente no mercado norte-americano.

Auren Energia: crescimento, data centers e dividendos

A Auren Energia (AURE3) é outro destaque em 2025. A companhia se valorizou fortemente desde os fundos de R$ 7,34 em março, atingindo R$ 10,20 em junho, consolidando-se na faixa dos R$ 9,80 a R$ 10,30.

O que explica essa recuperação?

  • Dívida bem estruturada: Cerca de 77% da dívida da Auren está atrelada ao IPCA, protegendo a empresa do impacto direto da alta da Selic.

  • Redução da alavancagem: A companhia amortizou R$ 1 bilhão, melhorando significativamente seu perfil financeiro.

  • Expansão da demanda: A construção de três data centers da Microsoft no interior de São Paulo deve elevar a demanda por energia no médio e longo prazo, beneficiando diretamente a Auren, que atua na geração e comercialização.

Projeção de dividendos da Auren

A expectativa de dividendos para 2025 é de aproximadamente R$ 0,39 por ação, com potencial pagamento no último trimestre do ano ou início de 2026. A companhia reforça seu compromisso com os acionistas, mesmo em fase de crescimento e investimento.

Além disso, o BTG Pactual mantém recomendação de compra para AURE3, com preço-alvo de R$ 13,50 até o final de 2025, reforçando o potencial de valorização da empresa.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.