quinta-feira, 21 novembro / 2024

Glenn Oztemel, um comerciante de petróleo e gás de 65 anos de Westport, Connecticut, foi condenado ontem por participar de um esquema de suborno que durou quase oito anos, envolvendo funcionários da Petrobras, a gigante estatal brasileira de petróleo. O caso, julgado em Bridgeport, Connecticut, resultou em condenações em todas as sete acusações enfrentadas por Oztemel, incluindo lavagem de dinheiro, conspiração e violações da Lei Federal de Práticas de Corrupção no Exterior.

O esquema de corrupção permitiu que as empresas de Connecticut, Arcadia Fuels e Freepoint Commodities, ganhassem contratos de negócios lucrativos com a Petrobras e acessassem informações confidenciais sobre as operações da empresa. De acordo com os promotores dos EUA, mais de US$ 1 milhão foram pagos em subornos, envolvendo tanto funcionários da Petrobras no Brasil quanto Rodrigo Berkowitz, um comerciante da empresa baseado em Houston.

Os réus teriam utilizado linguagem codificada, como “café da manhã” e “porções de café da manhã”, para disfarçar as transações ilícitas. O esquema foi ativo de 2010 a 2018, período em que Oztemel atuou nas duas empresas antes de se aposentar em 2020.

O caso ainda vê desenvolvimentos, como a espera pela extradição do ítalo-brasileiro Eduardo Innecco da França, enquanto Gary Oztemel, irmão de Glenn, já se declarou culpado de lavagem de dinheiro. Em resposta ao veredicto, Nelson Boxer, advogado de Oztemel, expressou decepção e reiterou a intenção de continuar a lutar para limpar o nome de seu cliente, destacando seus 40 anos de carreira imaculada na indústria.

Além disso, a Freepoint Commodities firmou em dezembro um acordo para adiar a acusação, concordando em pagar mais de US$ 98 milhões para resolver as acusações de suborno nos Estados Unidos. A Operação Lava Jato, uma investigação brasileira de longa duração, também implicou funcionários da Freepoint como parte de seu escopo mais amplo de corrupção envolvendo a Petrobras.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.