A multinacional francesa Engie deu mais um passo significativo em sua estratégia de expansão no Brasil ao vencer o principal lote do leilão de transmissão de energia de 2024. Com um investimento de R$ 2,9 bilhões, a empresa conquistou o direito de construir e operar linhas de transmissão e subestações em cinco estados brasileiros. Este projeto faz parte de um plano de expansão da infraestrutura energética do país, com o objetivo de atender à crescente demanda por eletricidade.
O contrato adquirido pela Engie inclui a implementação de sistemas de alta tensão em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Espírito Santo. Além disso, a empresa prevê uma receita anual de R$ 252,4 milhões a partir dessa operação, fruto de uma proposta proposta que ofereceu um desconto de 48,14% sobre a Receita Anual Permitida (RAP). Esse movimento colocou a Engie à frente de concorrentes como Eletrobras, Copel e outros consórcios, consolidando sua posição no setor.
A Engie já é um nome de peso no segmento de energia renovável no Brasil, mas sua expansão no setor de transmissão reforça uma estratégia de integração vertical. O objetivo é não apenas gerar energia, mas também garantir sua distribuição eficiente, participando de toda a cadeia produtiva. O governo brasileiro, por sua vez, vê essas iniciativas como essenciais para modernizar a rede de transmissão, especialmente em áreas com maior demanda e potencial de geração de energia renovável, como as regiões norte e nordeste.
Além da Engie, outras empresas também se destacaram no leilão. A Taesa, por exemplo, garantiu o lote 3, que prevê a construção de uma subestação em São Paulo com um investimento de R$ 244 milhões. A Cox Brasil, por sua vez, venceu o lote 4, com um projeto para uma subestação na Bahia, avaliado em R$ 168,2 milhões. Esses contratos, embora de menor porte, também são importantes para a diversificação e fortalecimento da rede nacional de transmissão.
O mercado de transmissão de energia no Brasil atrai cada vez mais investidores, especialmente devido ao foco crescente em fontes renováveis e à necessidade de modernização da infraestrutura. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) tem intensificado a realização de leilões, buscando ampliar a capacidade de transmissão para acompanhar o aumento da geração de energia eólica e solar no país. Com isso, estima-se que serão necessários bilhões de reais em investimentos até 2025.
Com quase 6.000 km de linhas de transmissão já em operação no Brasil e no Chile, a Engie continua expandindo sua rede, com destaque para projetos como Gralha Azul, no Paraná, e Novo Estado, no Tocantins e Pará. A conquista no leilão de 2024 reafirma a posição da empresa como uma das principais operadoras do setor no Brasil, consolidando sua liderança e comprometimento com a modernização da infraestrutura energética do país.
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