quinta-feira, 21 novembro / 2024

Os profissionais da área de saúde que trabalham embarcados, seja em navios, plataformas de petróleo ou outras embarcações, têm uma rotina bastante distinta do que ocorre em hospitais ou clínicas. Engana-se quem pensa que é necessário ser enfermeiro formado para atuar a bordo. Na verdade, além de enfermeiros, empresas do setor marítimo e offshore costumam contratar técnicos de enfermagem e até auxiliares de saúde.

A função principal desses profissionais é garantir que a embarcação tenha um responsável pela saúde dos tripulantes, cumprindo exigências legais. No entanto, a rotina de trabalho a bordo é muito mais tranquila do que a da terra firme, já que acidentes e emergências graves são raros. Na maioria das vezes, o profissional de saúde a bordo realiza atividades preventivas e de controle, como verificar a pressão arterial dos tripulantes e garantir que os medicamentos da embarcação estejam em dia.

A rotina de um enfermeiro embarcado

O dia a dia de um enfermeiro ou técnico de enfermagem embarcado é bem calmo. Geralmente, o número de tripulantes em navios ou plataformas gira em torno de 25 a 30 pessoas, e os acidentes ou doenças graves são extremamente raros. Isso significa que, na maior parte do tempo, o profissional de saúde tem poucas emergências para lidar.

Entre as principais atividades do enfermeiro embarcado estão:

  • Realizar verificações de saúde periódicas, como medir a pressão arterial dos tripulantes.
  • Garantir que o estoque de medicamentos e outros insumos médicos esteja atualizado e em condições de uso.
  • Auxiliar em primeiros socorros em caso de pequenos acidentes.
  • Manter a documentação de saúde da embarcação em ordem.

Além disso, quando necessário, o enfermeiro ou técnico pode entrar em contato com médicos em terra para receber orientações sobre como proceder em situações mais complexas, já que a administração de medicamentos mais graves depende dessa autorização.

Diferenças entre enfermeiro e técnico de enfermagem embarcados

Apesar de as funções de enfermeiros e técnicos de enfermagem a bordo serem muito semelhantes, o salário pode variar, embora em muitos casos seja igual. É comum que tanto enfermeiros quanto técnicos desempenhem as mesmas funções e recebam o mesmo salário, dependendo da empresa contratante.

Por exemplo, em uma mesma embarcação, é possível encontrar um enfermeiro ganhando o mesmo que um técnico de enfermagem. Isso se deve ao fato de que, para as empresas, o importante é cumprir a legislação que exige a presença de um profissional de saúde a bordo, independentemente de ser um enfermeiro ou técnico.

Requisitos para trabalhar como enfermeiro embarcado

Para trabalhar como enfermeiro, técnico de enfermagem ou auxiliar de saúde embarcado, é necessário cumprir alguns requisitos básicos. Entre eles:

  • Ser brasileiro nato ou naturalizado.
  • Ter no mínimo 18 anos.
  • Possuir diploma de enfermeiro ou técnico de enfermagem, ou certificado de auxiliar de saúde reconhecido pelo MEC.
  • Realizar o curso de adaptação para trabalhar a bordo, oferecido pela Marinha.

Esse curso é essencial para que o profissional de saúde esteja apto a trabalhar em navios e plataformas de petróleo, cumprindo as normas e padrões de segurança do ambiente offshore.

A realidade do trabalho embarcado

Embora o trabalho de um enfermeiro embarcado possa parecer monótono para alguns, é uma excelente oportunidade para quem busca uma rotina mais tranquila e bons salários. Com poucas emergências e tarefas diárias relativamente simples, o profissional de saúde a bordo pode aproveitar o tempo livre para estudar, ler ou assistir filmes, tornando os longos períodos de embarque mais suportáveis.

Trabalhar como enfermeiro, técnico de enfermagem ou auxiliar de saúde embarcado é uma oportunidade única para quem busca uma carreira no setor offshore. Com bons salários e uma rotina geralmente tranquila, o trabalho a bordo é ideal para quem deseja se especializar em um ambiente diferenciado, longe da correria dos hospitais em terra firme.

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Consultora com 14 anos de experiência, Fabiane Melo é formada pelo IBF e escreve sobre as inovações tecnológicas no setor automotivo e seu impacto na economia. Suas análises cobrem desde veículos autônomos até os desafios da transição energética.