As energias renováveis estão ganhando cada vez mais espaço na matriz energética do Brasil, e uma das medidas que podem impulsionar ainda mais esse crescimento é a volta do horário de verão. Segundo Maira Guimarães, diretora de regulação e estudos de mercado da Timos Energia, as fontes solar e eólica, que representavam apenas 10% da capacidade instalada do país em 2018, agora somam 35%, um salto significativo nos últimos seis anos.
Guimarães destacou que o aumento dessas fontes intermitentes – assim chamadas porque dependem de fatores como vento e luz solar para gerar eletricidade – é um grande avanço para o setor energético nacional. “O horário de verão é uma forma eficaz de otimizar o uso da energia solar, já que proporciona uma hora a mais de luz durante o dia, especialmente em horários de maior demanda”, explicou.
Ela ressalta que, em um país tropical como o Brasil, onde a luz solar é abundante durante a maior parte do ano, a energia solar se torna uma opção cada vez mais viável e econômica a longo prazo. “Embora o custo inicial para instalação dos painéis solares ainda seja significativo, os benefícios compensam com a economia de energia gerada ao longo do tempo”, observou Guimarães.
A especialista finalizou sua análise destacando que o crescimento das energias renováveis, especialmente da solar, pode ser comparado à capacidade de Itaipu, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo. “Hoje, a energia solar no Brasil já equivale a três Itaipus em termos de geração, o que mostra a importância dessas fontes para a nossa matriz elétrica”, completou.
Ainda não há confirmação oficial sobre o retorno do horário de verão, mas o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deve anunciar em breve uma decisão sobre o tema.
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