A Ocean Winds, joint venture entre EDP Renováveis e Engie, alertou que o primeiro leilão de energia eólica offshore na Espanha deve ocorrer em 2025 para que o país consiga atingir as metas estabelecidas no Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNIEC) até 2030. A meta, definida pelo governo espanhol, é alcançar 3 gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia eólica offshore até o fim da década.
Durante uma visita ao projeto WindFloat Atlantic, o primeiro parque eólico offshore flutuante do mundo, Manuel Fernández, diretor de negócios da Ocean Winds para a Espanha, enfatizou que o país está “no limite” para cumprir os objetivos traçados. “Se não houver um leilão em 2025, será difícil alcançar os 3 GW previstos para 2030”, afirmou Fernández.
Recentemente, o governo espanhol aprovou um Decreto Real que estabelece as bases regulatórias para a produção de energia a partir de fontes renováveis no mar. Segundo Fernández, a expectativa é que o edital para o leilão seja publicado em até seis meses. O executivo ressaltou a importância do envolvimento dos governos central e regionais para o sucesso desse tipo de projeto, que é fundamental para o avanço da tecnologia de energia eólica offshore flutuante no país.
A Ocean Winds, criada em 2020, já possui 16 projetos em andamento em oito países, somando mais de 18 GW de capacidade bruta. A empresa destaca o sucesso do WindFloat Atlantic, que, desde 2020, fornece energia à rede elétrica portuguesa e já acumulou mais de 320 gigawatts-hora (GWh) de produção. O projeto, pioneiro na tecnologia flutuante, também evitou a emissão de mais de 33 mil toneladas de CO2 e gerou 1.500 empregos diretos e indiretos.
Para o futuro, a empresa planeja expandir os projetos de energia eólica offshore para regiões como as Ilhas Canárias, Galiza e Catalunha, áreas estratégicas para o desenvolvimento dessa tecnologia na Espanha. Segundo José Miguel Moreira Pinheiro, country manager da Ocean Winds para o sul da Europa, “a maturidade da tecnologia flutuante permitirá a democratização da energia eólica offshore, tornando-a acessível a mais países.”
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