quinta-feira, 21 novembro / 2024

O Paquistão descobriu enormes reservas de petróleo e gás que poderiam reverter sua economia, mas a instabilidade política e os altos custos afastaram investidores internacionais, com a China como potencial parceira chave. Apesar do potencial de mudança de jogo das reservas descobertas nas águas territoriais paquistanesas, as gigantes do petróleo hesitam em se comprometer com a exploração, preocupadas com a segurança e o retorno sobre o investimento incerto.

O Paquistão, que importa cerca de 85% do seu petróleo e 29% do seu gás, gastou US$ 17,5 bilhões em importações de energia em 2023, com projeções apontando para um aumento para US$ 31 bilhões em sete anos. No contexto de uma crise energética exacerbada pelo contrabando de combustíveis do Irã, a nação enfrenta uma inflação quase incontrolável e um crescimento econômico estagnado, tornando-se cada vez mais dependente de ajuda estrangeira.

O ministro da Energia do Paquistão, Mohammad Ali, revelou que um investimento de até US$ 30 bilhões poderia extrair 10% das reservas de gás estimadas em 235 trilhões de pés cúbicos nas próximas décadas, essencial para reverter o declínio na produção de gás do país .

Por outro lado, a Índia explora oportunidades em quatro bacias sedimentares inexploradas que podem conter até 22 bilhões de barris de petróleo, com uma política de Open Acreage Licensing facilitando a entrada de empresas com experiência em exploração em águas profundas e ultraprofundas.

No entanto, a segurança permanece como um desafio formidável no Paquistão. Os incidentes recentes, incluindo um ataque suicida que matou cinco engenheiros chineses e ataques a ativos chineses no sudoeste do país, sublinham os riscos elevados associados à exploração na região. Consequentemente, apenas empresas estatais chinesas demonstraram disposição para assumir tais riscos, possivelmente deixando a Aramco e outras gigantes do setor relutantes em avançar sem garantias adicionais de segurança.

Deixe o Seu Comentário

Quer saber tudo
o que está acontecendo?

Receba todas as notícias do O Petróleo no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.

ENTRAR NO GRUPO

Compartilhar.

Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.