quinta-feira, 21 novembro / 2024

As exportações brasileiras de petróleo têm sido um motor robusto para a economia do país, compensando as perdas em outros setores e ressaltando a posição estratégica do Brasil no mercado global de energia. Em 2024, as vendas de petróleo e lucros representaram 37,5% do superávit comercial brasileiro, que totalizou US$ 54,1 bilhões, de acordo com o indicador de comércio exterior do FGV Ibre.

A tendência de crescimento nas exportações de petróleo tem sido notável desde 2017 e está projetada para continuar, segundo Lia Valls, professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. A redução das exportações agrícolas, especialmente a soja, devido à queda na produção, ampliou o peso do petróleo na balança comercial brasileira.

O incremento nas exportações tem sido impulsionado principalmente pelo aumento no volume. As remessas de petróleo bruto, que contribuíram para 78,6% da receita total de exportações do setor, cresceram 21,1% em comparação ao ano anterior.

Até agosto de 2024, o valor acumulado nas exportações de petróleo e seus ganhos alcançaram a cifra impressionante de US$ 40,2 bilhões, um crescimento de 18,8%. Ele aponta que a capacidade de refino no Brasil ainda não conseguiu acompanhar esse crescimento acelerado, gerando um superávit específico nas exportações.

Especialistas, como Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, enxergam o Brasil se consolidando como um participante de peso no mercado global de petróleo. Projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que a produção brasileira de petróleo pode atingir 5 milhões de barris por dia até 2029.

Contudo, a transição para energias mais limpas e renováveis ​​é uma realidade iminente. Analistas projetaram um pico na demanda por petróleo até o final desta década, momento em que quais as alternativas de combustíveis começarão a substituir gradativamente as derivadas de petróleo.

As exportações brasileiras de petróleo não demonstram apenas resiliência e capacidade de adaptação do setor, mas também sublinham um complexo de equilíbrio entre crescimento econômico e sustentabilidade ambiental no cenário energético global.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.