sexta-feira, 22 novembro / 2024

Apesar de um breve aumento no consumo de gás natural pela indústria pesada da Europa em 2024, expectativas para o próximo ano não são tão otimistas. Analistas preveem uma nova redução na demanda em 2025, impulsionada por um mercado de gás restrito e preços elevados, de acordo com informações da Bloomberg.

Desde a crise energética de 2022, as indústrias europeias vêm enfrentando altos custos de energia e uma demanda enfraquecida, resultado de economias fragilizadas. Esta situação diminuiu a vantagem competitiva das empresas europeias em relação a seus concorrentes internacionais, principalmente asiáticos, que se beneficiam de custos de mão de obra menores, e norte-americanos, onde o gás natural é substancialmente mais barato.

Enquanto globalmente a demanda por gás natural mostra um aumento significativo em 2024, alcançando níveis recordes, a Europa segue um caminho contrário. A Agência Internacional de Energia (AIE) indica uma recuperação na demanda industrial de gás no continente, mas ainda assim, os níveis continuam inferiores aos registrados antes da crise.

Para 2025, a expectativa é que o consumo de gás natural pela indústria europeia seja 21% inferior à média observada entre 2017 e 2021, especialmente em economias como a da Alemanha. Erisa Pasko, analista da Energy Aspects, destaca o impacto das economias debilitadas neste cenário.

Além disso, o Conselho Europeu da Indústria Química (Cefic) ressalta que, apesar de alguma melhora, os custos energéticos permanecem altos e não competitivos em escala global. A confiança do setor químico europeu ainda precisa de melhorias significativas para recuperar sua capacidade, que atualmente está bem abaixo da média histórica.

A análise mostra que, sem uma redução nos preços do gás e uma recuperação econômica robusta, a indústria europeia pode continuar a perder terreno no cenário global, pressionada por custos elevados e uma capacidade operacional reduzida.

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Thailane Oliveira é advogada formada pela USP e possui mais de 12 anos de experiência em políticas públicas e legislação de trânsito. Seus artigos explicam de forma clara as mudanças nas leis que afetam motoristas, ciclistas e usuários de transporte público.