quinta-feira, 21 novembro / 2024

A cidade de São Paulo segue enfrentando os efeitos de uma série de cortes de energia que já dura quatro dias, mas especialistas em previsões indicam que a situação não deve comprometer o andamento do segundo turno das eleições municipais. Atualmente, cerca de 172 mil imóveis permanecem sem eletricidade, resultado de uma tempestade que atingiu a maior cidade do Brasil, mas isso não deve interferir no cenário eleitoral, de acordo com análises recentes.

O mercado de previsões Polymarket, uma das principais referências no setor, aponta uma probabilidade de 93% de que o atual prefeito, Ricardo Nunes, vença seu oponente Guilherme Boulos no segundo turno, que ocorrerá no dia 27 de outubro. Essa previsão reforça a expectativa de uma vitória confortável, com Nunes liderando as intenções de voto desde o início de setembro.

No primeiro turno, realizado no dia 6 de outubro, Nunes e Boulos tiveram uma disputa acirrada, sendo separados por apenas 25 mil votos. Ambos superaram o candidato de extrema direita Pablo Marçal, garantindo a ida ao segundo turno. No entanto, a primeira pesquisa do segundo turno, conduzida pelo instituto Datafolha em 10 de outubro, já indicava uma vantagem significativa para Nunes, com 55% das intenções de voto contra 33% de Boulos.

Apesar da tempestade e dos consequentes apagões, analistas continuam a apostar em uma vitória tranquila de Nunes. Uma nova pesquisa Datafolha, pós-eventos climáticos, será divulgada na quinta-feira e deve trazer uma visão mais atualizada do cenário eleitoral.

Enquanto o impacto político da crise energética ainda é incerto, as repercussões econômicas já começam a ser calculadas. Segundo a Federação de Serviços e Comércio de São Paulo (FecomercioSP), o prejuízo causado pelos apagões pode chegar a R$ 1,65 bilhão, atingindo duramente setores como hotelaria, bares e restaurantes. Esses empresários planejam uma ação judicial contra a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia, em busca de compensações pelos danos financeiros.

No campo político, as críticas também se intensificam. Guilherme Boulos tem responsabilizado o prefeito Ricardo Nunes pelo caos gerado pelas interrupções de energia, enquanto Nunes transfere a culpa para o governo federal e agências reguladoras. Em meio a esse embate, ambos convergem em um ponto: a insatisfação com a atuação da Enel, que se torna o alvo principal das queixas públicas.

Com a crise energética em curso, resta saber se isso terá algum efeito no comportamento do eleitorado nos próximos dias.

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Psicóloga com especialização em desenvolvimento de carreiras pela PUC-Rio, Nathália Santos escreve sobre oportunidades de emprego no setor automotivo, abordando temas como capacitação, tendências de mercado e estratégias de crescimento profissional.