A partir desta terça-feira, as contas de luz dos brasileiros estão mais caras com a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar dois, uma antecipação que surpreendeu muitos, tendo sido esperada apenas para novembro. A mudança reflete a grave crise hídrica e o aumento nos custos operacionais das usinas hidrelétricas, que têm operado com capacidade reduzida devido ao baixo nível dos reservatórios.
Segundo análises, o consumo médio de uma residência brasileira sem ar condicionado, estimado em 200 kW por mês, sofrerá um aumento substancial. Anteriormente, sob a bandeira verde, o custo médio mensal era de R$ 147. Com a implementação do patamar um da bandeira vermelha, já havia um acréscimo, mas a nova tarifa eleva ainda mais o custo. Agora, a cada 100 kW consumidos, adiciona-se uma taxa extra de R$ 7,87, elevando a conta para aproximadamente R$ 162,74 mensais – um aumento de quase 11%.
Este ajuste tarifário não somente afeta o bolso dos consumidores mas também tem implicações diretas sobre a inflação. O custo mais alto da energia elétrica impulsiona um efeito dominó nos preços de diversos produtos e serviços, exacerbando a pressão inflacionária já sentida no país.
A dependência das termelétricas, que são alternativas mais caras e poluentes, foi um dos gatilhos para esta medida. As termelétricas têm sido utilizadas com maior frequência devido à incapacidade das hidrelétricas de gerar a potência necessária, o que implica custos operacionais significativamente mais altos.
Debora Oliveira e Pedro Durana, especialistas no setor, destacam a complexidade desta questão e a necessidade de políticas mais eficazes para gerenciar os recursos hídricos e energéticos do Brasil, a fim de mitigar tais impactos no futuro.
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