Investir mensalmente em fundos imobiliários (FIIs) pode parecer uma jornada lenta no início, mas os juros compostos têm o poder de multiplicar exponencialmente o patrimônio ao longo do tempo. Uma simulação realista baseada no fundo G11 mostra como aportes mensais de R$ 1.000 podem gerar um patrimônio de quase R$ 4 milhões em 30 anos, com uma renda passiva mensal superior a R$ 28 mil.

Fundos imobiliários: estabilidade e rendimento mensal

Os fundos imobiliários de tijolo, como o G11, são conhecidos pela consistência nos pagamentos mensais e tendência de valorização gradual. Com uma rentabilidade acumulada de aproximadamente 12% ao ano, esses fundos têm se tornado uma das opções mais atrativas para quem busca renda recorrente e valorização de longo prazo.

Nos últimos 12 meses, o G11 distribuiu quase 12% de rendimento anual. E nos últimos 5 anos, o gráfico mostra um crescimento constante, reforçando a resiliência do fundo mesmo em momentos de queda da cotação.

A simulação: aportes constantes e reinvestimento

A simulação parte de um investimento inicial de R$ 1.000, com aportes mensais de mesmo valor e reinvestimento integral dos dividendos, considerando uma taxa de retorno anual de 12%. Os resultados são surpreendentes:

  • Em 10 anos:

    • Patrimônio total: R$ 225 mil

    • Juros acumulados: R$ 104 mil

    • Rendimento mensal: R$ 2.105

  • Em 20 anos:

    • Patrimônio total: R$ 920 mil

    • Juros acumulados: R$ 679 mil

    • Rendimento mensal: R$ 8.646

  • Em 30 anos:

    • Patrimônio total: R$ 3,08 milhões

    • Juros acumulados: R$ 2,72 milhões

    • Rendimento mensal: R$ 28.971

O segredo está no tempo — e no reinvestimento

A mágica dos juros compostos se revela com o passar dos anos. Quanto mais tempo o dinheiro permanece investido e os rendimentos são reinvestidos, maior o efeito multiplicador. É por isso que começar o quanto antes é mais importante do que começar com muito.

Outro fator determinante é corrigir os aportes anualmente pelo IPCA, mantendo o poder de compra. Se a inflação anual for de 5%, por exemplo, o aporte de R$ 1.000 se torna R$ 1.050 no ano seguinte. Essa simples correção ajuda a preservar o valor real investido e impulsiona os resultados futuros.

Comprar barato aumenta o retorno

Além da disciplina, o momento de entrada no fundo também influencia fortemente a rentabilidade. No caso do G11, em dezembro de 2024 ele chegou a ser negociado por apenas R$ 7,80 — uma baixa significativa. Quem comprou nessa faixa viu a rentabilidade saltar para 13% ou 14% ao ano, aumentando ainda mais o patrimônio final.

Por exemplo, com uma taxa de 13% ao ano em vez de 12%, o valor acumulado em 30 anos subiria para R$ 3,76 milhões — um acréscimo de quase R$ 700 mil apenas com 1 ponto percentual a mais na rentabilidade.

Renda passiva mensal para a aposentadoria

O objetivo final de muitos investidores em FIIs é garantir uma aposentadoria tranquila, com uma renda passiva mensal robusta. Com um rendimento mensal próximo de R$ 29 mil após 30 anos, seria possível viver com segurança, sem depender do INSS.

Mesmo que o poder de compra sofra com a inflação, ajustar os aportes e escolher bons ativos podem preservar — e até ampliar — o padrão de vida ao longo do tempo.

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André Carvalho é jornalista formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais de 15 anos de experiência no mercado editorial, André é reconhecido por sua expertise em economia, finanças e políticas públicas. Sua trajetória inclui colaborações com veículos de grande relevância, onde desenvolveu análises estratégicas e conteúdos voltados para investimentos, benefícios sociais e gestão financeira.