A microgeração solar é um modelo de negócio cada vez mais popular no Brasil. Trata-se da instalação de um conjunto de painéis solares — com potência abaixo de 75 kWp — para gerar energia elétrica que será compensada na conta de clientes por meio de um contrato de locação.

Ao contrário das enormes usinas solares industriais, a microgeração pode ser montada em terrenos pequenos ou mesmo em telhados, permitindo que investidores de menor porte entrem no mercado. Essa modalidade é regulamentada pela ANEEL no sistema de compensação de energia, em que a energia gerada é “emprestada” à rede elétrica e abatida do consumo do cliente.

Como funciona o aluguel de uma usina solar?

No Brasil, a legislação não permite a venda direta de energia de pessoa para pessoa. Por isso, a forma legal e viável para um investidor é alugar os equipamentos solares para o cliente.

O processo é relativamente simples:

  • Você monta a usina em um terreno ou telhado com boa insolação e estrutura adequada;

  • Essa usina é conectada à rede elétrica na área de concessão da distribuidora que atende o cliente;

  • Um contrato de locação é assinado, permitindo transferir a titularidade da unidade consumidora para o CNPJ ou CPF do cliente;

  • A energia gerada pela sua usina passa a ser compensada diretamente na conta do cliente, gerando economia de 10% a 15% sem que ele precise investir nada.

Essa estratégia é especialmente atraente para pequenos comerciantes que pagam caro na energia elétrica, não têm espaço para instalar painéis e estão em imóveis alugados.

O que é necessário para montar sua usina solar?

Escolha do local

Você precisa de um espaço para instalar os painéis solares — pode ser um terreno barato no interior ou o telhado de um imóvel. O ideal é que:

  • O terreno seja plano e bem ensolarado;

  • Esteja na mesma área de concessão da distribuidora que atende o cliente, para viabilizar a compensação;

  • Tenha fácil acesso para instalação e manutenção.

Estrutura e equipamentos

Além dos painéis, você precisará de inversores, medidores e uma estrutura metálica para fixação dos módulos. Para telhados, é importante avaliar se a estrutura suporta o peso e as cargas dos painéis com segurança.

Exemplos práticos: o caso do Seu José

Lucas Freire, especialista em energia solar, conta que conheceu um comerciante chamado Seu José, dono de uma farmácia em um imóvel alugado. Ao saber que poderia economizar até 15% na conta de luz sem investir nada, Seu José imediatamente se interessou.

Lucas instalou uma pequena usina de solo e alugou para ele. Com o contrato, a titularidade do medidor foi transferida para o CNPJ da farmácia, permitindo que a energia gerada fosse compensada diretamente na conta de luz do estabelecimento.

Por que é lucrativo investir em uma usina solar?

A demanda por energia renovável cresce ano após ano, impulsionada pelos altos custos da eletricidade e pela preocupação ambiental. Entre as vantagens desse modelo de negócio estão:

  • Investimento relativamente baixo (em comparação a grandes usinas);

  • Alta demanda de clientes dispostos a economizar;

  • Retorno recorrente e previsível com os contratos de aluguel;

  • Possibilidade de montar várias pequenas usinas e escalar a operação;

  • Alternativa para investidores que não possuem telhado ou imóvel próprio.

O negócio também é interessante para investidores que querem diversificar e aplicar capital em um setor com perspectiva de crescimento sustentável.

Como começar e evitar erros?

Embora a ideia seja simples, existem detalhes técnicos, jurídicos e comerciais importantes. É fundamental:

  • Estudar as normas da ANEEL para geração distribuída;

  • Usar contratos bem elaborados para garantir segurança jurídica;

  • Verificar a compatibilidade entre o local da usina e o cliente;

  • Pesquisar fornecedores e formas econômicas de montagem, como o uso de blocos de concreto em vez de estruturas caras.

Histórias de sucesso: exemplos reais

Empreendedores já vêm aplicando essa metodologia em várias regiões do Brasil. Um caso citado é de um grupo que arrendou um terreno de 2.000 m² em São Paulo para sua primeira usina e já tinha clientes na fila para fechar contratos antes mesmo de concluir a instalação. Outro exemplo envolve cinco usinas na região norte do Espírito Santo, todas alugadas para empresas do agronegócio — um nicho altamente lucrativo.

Montar uma usina solar de microgeração e alugá-la para comerciantes é uma oportunidade acessível, sustentável e rentável. Com baixo investimento inicial, conhecimento técnico e uma boa estratégia comercial, é possível criar um fluxo de renda recorrente ajudando clientes a economizarem na conta de luz.

Para quem deseja iniciar, existem treinamentos e materiais exclusivos que compilam todo o passo a passo, facilitando o aprendizado e a execução segura do projeto.

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